sexta-feira, agosto 14, 2015

Comemorando as primeiras 400


É com grande satisfação que anuncio que o blog “DiscografiaObrigatória” chegou ao post de número 400. Cada post, uma canção. Cada canção, uma história. São 400 canções escolhidas à dedo pelo blog, lançadas no período entre 1952 e 1964.

O blog foi lançado em Novembro de 2009, mas as pesquisas começaram muito antes disso, o que posso afirmar que se trata de um trabalho de no mínimo 6 anos, de muita investigação, muita escolha, muita renúncia, até chegar a essa lista redonda e intocável.

Trata-se de canções inevitáveis para entender musicalmente esse período, com muitos estilos, artistas, gravadoras e compositores. Quem curte esse tipo de música, irá ficar maravilhado com a seleção. Quem não curte, tem duas opções: não escutar ou escutar e começar a curtir. É também uma aula de inglês, pois foi através dessas músicas que construí meu vocabulário e leitura na língua de Shakespeare.

Por ordem alfababética, temos canções gravadas por Andy Williams, The Animals, Arthur Alexander, B.B. King, Barrett Strong, The Beach Boys, The Beatles, Ben E. King, Betty Everett, Big Joe Turner, Big Mama Thornton, Bill Haley and His Comets, Billy J. Krammer and The Dakotas, Bo Diddley, Bob Dylan, Bobby Darin, Bobby Freeman, Bobby Vee, Brooker T & The MGs, Brian Hyland, Bruce Channel, Buck Owens and The Buckaroos, Buddy Holly and The Crickets, Carl Perkins, Chad and Jeremy, The Champs, The Chiffons, Chris Montez, Chubby Checker, Chuck Berry, The Coasters, The Contours, The Cookies, The Crickets e The Crystals.

Também Dale Hawkins, The Dave Clark Five, Del Shannon, Dion and The Belmonts, Dion DiMucci, The Dixie Cups, The Drifters, Dusty Springfiels, Eddie Cochran, Elvis Presley, The Everly Brothers, Fats Domino, The Four Seasons, The Four Tops, Frank J. Wilson and The Cavaliers, Gary U.S. Bonds, Gene Chandler, Gene Vincent and His Bluecaps, Gerry and The Pacemakers, Gino Paoli, Henry Mancini, Herman's Hermits, The Hollies, Howlin' Wolf, The Isley Brothers, Jacques Brel, Jerry Lee Lewis, Joe Dassin, Johnny and Santo, Johnny Burnette, Johnny Cash e Johnny Kidd and The Pirates.

Continuando com The Kingsmen, The Kinks, Larry Williams, Leroy Van Dyke, Link Wray, Little Eva, Little Richard, Lloyd Price, Manfred Mann, Marianne Faithfull, The Marvelettes, Maurice Williams and The Zodiacs, The Miracles, Muddy Waters, Neil Sedaka, Patsy Cline, Paul Anka, The Penguins, Peter and Gordon, Peter, Paul and Mary, Petula Clark, The Platters, Randy and The Rainbows, Ray Charles, Ricky Nelson, The Righteous Brothers, Ritchie Barrett, Ritchie Valens, The Rivieras, The Rolling Stones, The Ronettes, The Rooftop Singers, Roy Orbison, Sam Cooke, The Searchers, The Shadows, The Shangri-Las, The Shirelles, Simon and Garfunkel, Skeeter Davis, The Supremes, The Surfaris, The Temptations, Them, The Tokens, Tommy Roe, Trini Lopez, The Ventures, Wanda Jackson, Wilbert Harrison e The Zombies.

Espero que curtam ler e ouvir tanto quanto eu curti enquanto pesquisava. E vamos crescer essa lista!!!

quinta-feira, julho 23, 2015

My BJJ Journey - The Book - Part 2

6 - A Xiola
 
A Xiola é uma turma originalmente fundada por nove membros, que praticamente viviam colados o tempo todo, em festas, aniversarios, Natal, e quase todos os dias, de uma forma ou de outra, estavam convivendo.

A Xiola teve inicio no Colegio Nossa Senhora das Neves, onde sem excecao, todos os membros estudavam. Todos eram mais velhos do que Fabio, alguns tres, outros quatro anos e por consequencia, mais velhos um ou dois anos do que Gustavo Maguinho.

Os membros originais e fundadores são Vladimir Mancha, Guilherme Vanim, Josebias Junior, George Boca (“Chefs” ), Alysson Gomes, os gemeos Eduardo e Teofilo Reboucas, Fabio e Gustavo Maguinho.

Maguinho havia sido reprovado duas vezes e estudava com Fabio e faziam futebol de salao juntos tambem. O resto era na sua maioria amigos de serie de quem vos escreve. Alysson, George Boca e Teofilo inclusive foram da minha sala.

Ate entao, a Xiola ainda não existia e nem Fabio treinava Jiu Jitsu. Em um determinado dia, houve uma confusao no Colegio das Neves, pratica bem corriqueira naquela epoca em que os meninos faziam coisas de meninos e brigavam. Um amigo de Fabio entrou em uma confusao e ele foi defender esse cara e entao a briga passou a ser dele e marcaram o duelo pro dia seguinte, com hora marcada.

Fabio chegou pra briga acompanhado dos amigos Gustavo Maguinho, Flavio Xingu, Marcelo Magao (In Memorian), o Mago Alisson galego, George Bomba, Arildo, e mais alguns meninos. Quando um amigo do oponente de Fabio viu que a turma contra era grande, foi chamar o irmao mais velho pra dar um apoio.

O amigo do oponente era Geovani, irmao de George Boca, mais conhecido como Boquinha. George Boca chegou no recinto acompanhado dos outros sete membros da Xiola, que ainda não sabiam que formariam um turma. Como Fabio já conhecia Alysson pois estudara comigo desde cedo, os caras não chegaram pra brigar e sim pra não deixar ninguem entrar mais, garantir que a briga seria so os dois.

Foi nesse episodio que Fabio conheceu Zebias, um negão de quase dois metros de altura, jogador de basquete, e bem mais velho. Quando o negão chegou perto, Fabio pensou: “ Fudeu, vamos apanhar agora!”. Mas o negão foi so fazer a guerra, fez um risco no chao de areia e falou: “Tu que é fabinho é? O cara ali fez um risco no chao igual a esse e falou que era tua mae e cuspiu em cima!”

Fábio na hora deu um sorriso de alivio, pois viu que o negão não iria entrar na briga. Entao ficam esperando, todos do colegio querendo ver a briga e finalmente o oponente aparece. Ele passa por Fabio e não o vê ali e Fábio se aproveitando, começa a briga por trás, agredindo o rapaz sem ele saber que a briga havia começado.

Guilherme Vanim e Josebias acharam que foi covardia e decidiram parar a briga e recomeçar, dessa vez de maneira mais justa. Como o cara era do karatê e Fábio era do Futebol de Salão, cada um deu um chute do seu esporte.

Fábio levou um chute na barriga, pois pra esse propósito o chute do Karatê era mais eficiente do que o do Futebol e caiu na areia, por baixo. Como tinha assistido ao Grande Dragão Branco, com Jean Claude Van Damme, há pouco tempo, Fábio enche a mao de areia e joga no rosto do cara. Como a visao dele foi prejudicada, Fabio comecou a bater no cara e ele se agarrou na cintura de Fábio. Nesse momento, Maguinho, Xingu e a turma começaram a bater no cara, quebrando o código que haviam combinado da briga ser somente entre os dois.

Guilherme Vanim veio e deu um empurrão em Maguinho e uns gritos nele. O Magreza ficou com medo, pois Guilherme era mais velho. A confusao acabou aí e depois Fabio e Maguinho ficaram mais proximos dos outros sete e começarama andar juntos.

Até hoje o pessoal da Xiola se reune, mais de vinte anos depois e estao sempre trocando mensagens, possuem grupo no Whatsapp e quando Fabio vai ao Brasil, sempre almoçam. Quando começaram a andar juntos, o grupo ainda não tinha sido batizado e não tinha nome. Numa dessas bebedeiras, depois de muita pesquisa, inclusive em dicionários, Maguinho aparece com Xiola. Mas ninguem sabia o que significava Xiola. Foi entao que Maguinho disse: “Eu sei o que é Xiola, é um caralho e duas bola!”, assim mesmo, com essa concordancia e tudo, como “dois pastel e um chops”. Duas reprovações estavam explicadas!!

7 - A origem da rivalidade
 
Ainda em 1995, houve outro campeonato interno na Combate Real, dessa vez Fábio já sendo faixa azul e tendo mais experiencia em competições. Repetindo-se o que ocorreu nos campeonatos Estadual e Norte-Nordeste, Fábio caiu novamente na final contra Ronaldo Furacão. A diferença aqui é que, como era interno, eles tiveram que lutar.

Ronaldo Furacão, como já mencionado, era o ídolo de Fábio na academia. Quando Fábio começou a treinar, Ronaldo já era Faixa Azul. O resultado foi que Fábio saiu vitorioso dessa luta. Como Ronaldo já vinha tendo algumas divergências com Rodrigo Wanderley, o mestre da Combate Real, essa derrota terminou por enfraquecer mais ainda o ambiente pra ele e o rompimento foi inevitável. Ele saiu da Combate Real.

Depois da saída de Ronaldo, a Combate Real acabou rompendo com a Federação e com outra academia que até então eram bem próximas, haviam sido criadas quase ao mesmo tempo e sempre estavam tendo um intercâmbio de treinos entre elas.

O principal motivo desse rompimento foi que Rodrigo descobriu que havia um tratamento diferenciado entre as duas academias pelo presidente da Federação. Como a Combate Real era considerada academia de classe média alta, a tarifa de inscrição dos campeonatos custava 25 reais pros alunos da Combate e 10 reais pra essa outra academia, alegando que a maioria dos alunos de lá não possuía condição financeira confortável.

Como não foi perguntado ao pessoal da Combate se concordavam com essa atitude e apenas essa decisão foi tomada à revelia, somado com outras questões divergentes, ficou decidido pela saída da Combate Real da Federação.

Através de fofocas, o presidente da Federação de então, começou a colocar as duas academias em choque. Por causa disso, houve um período negro de aproximadamente uns três anos de muita negatividade. Entre 1996 e 1999, existiu muita rivalidade entre as duas academias, fora dos tatames, através de muitas brigas nas ruas da cidade. A luta passou então pro lado pessoal, pro lado ruim, uma vez que as duas academias não se enfrentavam mais nos tatames, pois não faziam parte da mesma Federação.

A primeira prova disso ocorreu quando houve um churrasco no Litoral sul do Estado, Fábio foi juntamente com Flávio Xingu, Paulo da Praça (In Memorian), André irmao de Paulo e Michel Alvarenga. Fábio adormeceu e não foi pra festa no Circo da Folia à noite, porém os outros conseguiram ir.

Como já estava rolando muita fofoca, Paulo da Praça veio a se desentender com um dos instrutores dessa outra academia. Acontece que todos conheciam Paulo e a fama do seu pai na cidade, de um Capitão da Polícia Militar bem rigoroso. Devido à essa fama, esse instrutor não queria brigar com Paulo e apenas o derrubava e dizia não querer confusão. Paulo se levantava e partia pra cima dele de novo, repetidas vezes. Nessas quedas, Paulo bateu o rosto no chão algumas vezes e se machucou bastante.

Ao chegar em casa, o pai de Paulo não gostou do estado que estava o rosto dele e quis saber quem tinha feito aquilo. Paulo disse o nome do instrutor, o pai ficou irado, mas foram dormir. Quando acordou, Paulo, sabendo que tinha sido ele quem havia procurado confusão e não o instrutor da outra academia, foi dizer ao pai a verdadeira história. O pai não quis acreditar, achando que Paulo estava com medo de que ele fosse fazer algo com o instrutor. Mas depois de muita insistência, o pai disse que teria que ir pra Natal pra resolver algo urgente.

Nisso, manda Fábio e Xingu entrarem no carro pra irem com ele. E vai até Natal interrogando os dois, gritando, na tentativa de arrancar a verdade, dizendo que já havia mandado fazer o serviço no instrutor e que agora tinha que chegar à tempo de evitar uma tragédia. Conseguiu evitar e no dia seguinte, o instrutor que morava perto da casa de Fábio, foi lá dizer que não queria confusão com Paulo, que tinha sido Paulo quem procurou e tal. Não sabia ele que tinha escapado de ir dessa pra melhor baseado somente no depoimento dos caras da academia rival.

8 - A primeiro Campeonato Mundial
 
Chegamos no ano de 1996, e logo no começo do ano, tivemos o primeiro campeonato mundial que Fábio participou, ainda de faixa azul, no Tijuca Tennis Club, no Rio de Janeiro. Fábio e Gustavo Maguinho, que gostavam muito de competir, resolveram ir pro torneio e ficaram na casa de uma tia de Maguinho, no bairro do Méier.

O Rio de Janeiro era a capital mundial do Jiu-Jitsu, tudo praticamente acontecia por ali, os maiores nomes, os grandes campeões, na sua maioria, eram de lá. As academias famosas dos Gracies, Carlson Gracie, Gracie Humaitá, Gracie Barra e tantas outras, fazia do Rio um paraíso pra quem era envovido nesse esporte. Então se era um sonho apenas ir no Rio de Janeiro e vivenciar essa cultura, lutar ali era algo sublime pra Fábio, entao com 17 anos e Maguinho, com 19.

Pouco antes desse torneio acontecer no Rio, um carioca que já era faixa azul, foi morar em Natal. Seu nome era Michel Alvarenga, que hoje é um grande amigo e oficial da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, virou uma espécie de ídolo de Fábio. Como fã número 1, Fábio queria imitar Michel em tudo, a forma de andar, a forma de se vestir e até a forma de falar. Fábio começou a falar carioquês!

Assim, com Michel como inspiração e o mundo das lutas ali, fora a beleza natural da cidade, Fábio chegou no Rio deslumbrado e bobo e isso tudo sem falar que era a primeira vez na vida que ele andava de avião. Ficaram lá ainda uma semana curtindo a Cidade Maravilhosa, mas ambos perderam na primeira luta. Gustavo Maguinho perdeu pra Adriano Nasal, que depois virou Brazilian Top Team também e um grande amigo. Inclusive hoje Nasal tem a BTT em Orange County, na California.

Fábio perdeu pra Rodrigo Cumprido, por uma queda. Única pontuação da luta. Cumprido foi campeão mundial daquele ano e depois sagrou-se campeão duas vezes absoluto na faixa preta, um ídolo mundial e Fábio teve a sorte ou azar de pegá-lo pra primeira luta. Mas foi uma experiencia fantástica e ficaram lá tres dias vendo o evento, tiraram fotos com todos os grandes nomes e ídolos que só viam nas revistas e nas fitas VHS.

Alguns nomes desse evento que tiraram fotos com eles foram Murilo Bustamante, Ricardo Libório, Carlão Barreto e Amaury Bitetti, pessoas essas que viraram amigos de Fábio uns anos depois, pois conviveram com ele primeiro na Carlson Gracie e depois na Brazilian Top Team e continuaram a amizade até hoje.

Falando nas fitas VHS, tinham duas lutas famosas do mundo do Jiu-Jitsu que o pessoal da Combate Real assistiam pelo menos uma vez por semana após o treino. Uma delas era a de Marcus Aurélio x Guilherme, em Fortaleza. Uma luta histórica. Naquela época, quando dois atletas tinham desavenças, faziam um vale-tudo à portas fechadas e algumas vezes eram filmadas. Foi uma luta de mais de 50 minutos de vale-tudo, porrada, sem luvas. Marcus Aurélio tambem ficou amigo, até hoje.

E a outra luta famosa no VHS foi no Rio de Janeiro, tambem uma desavença entre Ryan Gracie e Tico, que era de Carlson Gracie. Fizeram uma luta numa casa. Tambem bastante duradoura e no mesmo esquema, sem luvas, valendo tudo. Esses dois VHS foram muito motivadores na carreira de Fábio e de outros amigos da Combate Real.

9 - A primeira grande derrota da Combate Real
 
O ano de 1996 trouxe uma derrota imensurável pra Academia Combate Real, que foi a perda de Diogo, que era conhecido por todos como Diogo “Urêia”. Diogo era um cara da academia, faixa amarela, que gostava muito de competir, estava sempre viajando com a equipe e querido por todos.

Diogo, em uma brincadeira com arma de fogo na sua residência, com seu irmão mais velho, acabou se acidentando e vindo a falecer com um ferimento na cabeça. Na época do seu falecimento, ele era namorado de Fernanda, que vem a ser a irmã de Fábio. A tristeza tomou conta de todos na Academia e amigos em geral, família e o enterro foi algo inesquecível.

Diogo tinha apenas 15 anos de idade, mas a turma tambem era muito nova e aquele funeral foi algo que marcou todos. Diogo foi enterrado de kimono, com a faixa amarela amarrada na cintura e com a bandeira da Combate Real no peito.

Uma outra coincidência, era que Diogo estudava com Juliana, que viria a ser a esposa de Fábio e Fábio ainda não a conhecia na época. Ela estava no enterro tambem e eles não se conheciam na ocasião. A missa de sétimo dia foi outra coisa marcante, cerca de trezentos alunos da academia e amigos, todos vestidos de kimono.

Durante a missa, outro amigo da Academia, Paulo da Praça, recebeu um telefone, que dizia que o pai dele, o Major Jorge, havia sido assassinado em uma praia do litoral sul. Fábio saiu com Paulo direto pro IML e chegando lá, já estavam colocando a farda no pai de Paulo. Ele havia sido assassinado com um tiro na cabeça. Uma semana terrível, onde duas pessoas próximas, foram mortas com tiro na cabeça.

Diziam na academia que Diogo era irmão mais novo de Fábio pela similaridade entre as orelhas. Um era Diogo “Urêia”, e o outro Fábio “Urêia”. Um epísódio que Fábio sempre lembra quando falam em Diogo foi o dia em que ele chegou na academia e Diogo estava cochichando com Rodrigo, o mestre.

Diogo entao falou pra Rodrigo perturbar Fábio, aperreando, dizendo que ele tava namorando com a irmã dele. Rodrigo, como gozador que era, já foi logo aloprando e falou: “Taí Fabinho, Diogo aqui tá dizendo que tá comendo sua irmã, que porra é essa?”. Diogo ficou branco, aperreado, dizendo: “Não mestre, eu não falei isso não, não Fabinho…”. Esse foi o jeito que Fábio guardou a imagem de Diogo, subindo a academia e Rodrigo tirando essa onda com ele.

Outro episódio memorável pra Fábio se passou numa festa de 15 anos de Fernanda, irmã de Fábio. Estavam todos sentados à mesa, pais, avós, tios e Diogo chega com um rapaz do lado, bem educado e dá boa noite à todos. Esse cara que acompanhava Diogo estava falando mal de Fernanda. Ninguém na mesa sabia o que estava acontecendo, e ficaram todos em silêncio olhando pra eles. Então Diogo começou: “Fabinho, foi esse cara que estava falando mal da sua irmã. Posso enfiar a mão na cara dele agora? Se quiser, eu enfio a porrada nele agora!”.

Todos olhando na mesa e Diogo continuou: “Pede desculpas agora!”, o menino falou que não havia falado nada e Diogo questionou: “Está me chamando de mentiroso, rapaz? Pede desculpas agora!”. Então o rapaz pediu desculpas e garantiu que não iria falar mais nada.

Diogo então se vira pra Fábio e pergunta: “E aí Fabinho, aceitou as desculpas? Acha que dá pra aliviar?” Fábio responde que sim, que já que o garoto havia pedido desculpas, deixasse pra lá, estava resolvido. E Diogo insistiu: “Entao não precisa dar porrada nesse safado não, ne?”, Fábio reafirmou que não precisava mesmo e Diogo então finalizou: “Então tá bom, desculpa aí pessoal, boa noite à todos, vou levar esse safado pra fora da festa”. Esse era o Diogo!!!

10 – O fim da guerra fria

O início dos confrontos entre as academias se deu por acaso no Vila Folia. Por acaso por assim dizer, mas o começo se daria uma hora ou outra. Fábio estava na festa com Maguinho e Nandola e o mesmo instrutor da outra academia que teve o problema com Paulo da Praça, no episódio já narrado aqui anteriormente, no litoral sul, também estava nessa festa.

Esse instrutor morava perto da casa de Fábio e sempre se falavam, mas depois com as fofocas e intrigas, eles pararam de se falar. Quando Fábio ia falar com ele e outros da academia dele nos lugares, eles viravam a cara e daí começou um outro tipo de relacionamento.

Ocorreu que um amigo de Fábio, que nada tinha a ver com Jiu-Jitsu, estava indo embora dessa festa com a namorada e este instrutor da academia rival, juntamente com mais três companheiros, agrediram o rapaz covardemente, sem razão alguma. Até o dia de hoje esse motivo é desconhecido.

O rapaz então voltou pra festa e foi procurar os amigos, com medo e raiva do que tinha acontecido. Por acaso, Fábio, Maguinho e Nandola viram a movimentação desse amigo com a turma dele e ficaram sabendo do ocorrido. A turma queria vingança, mas o trio entendeu que a briga não era deles e não quiseram se meter inicialmente.

Nesse interim, os quatro membros da outra academia que haviam agredido o rapaz, apareceram. A turma do rapaz agredido constava de quase 20 amigos revoltados. Essa turma começou a questionar os quatro, procurando motivo e xingando-os. Fábio, Maguinho e Nandola só assistindo à cena.

Em um dado momento, o instrutor da academia rival que tinha causado toda a confusão, olha pra Fábio e diz: “É você, vou te pegar!!!”, Fábio questionou, sem entender : “Eu???”, e ele confirmou. A turma do rapaz agredido gostou da ideia e incentivaram um combate somente entre Fábio e o instrutor. Abriram a roda somente com os dois no meio, Fábio tirou a camisa, botou base e disse “Vamos, eu e você!!!”

O instrutor começou a recuar, andando pra trás e Fábio indo pra cima e questionando porque ele tava recuando, e chamando pro combate e nisso Maguinho e Nandola pegaram Fábio e disseram que não tinha porque brigar ali, que não era certo e foram embora.

Nesse momento, quando a turma do rapaz que apanhou percebeu a oportunidade baseado no recuo dele, foram pra cima e baixaram o pau nos quatro, afinal tinham uma superioridade numérica avassaladora. Conseguiram ali a vingança deles.

O desenrolar disso foi que o pessoal dessa academia rival que apanhou da turma foi atrás de um por um que deu neles e novamente se vingaram. No caso de Fábio, o professor de lá ficou ligando pra Rodrigo Wanderley, o professor da Combate Real, para marcar uma luta à portas fechadas, na academia. Antigamente as desavenças se resolviam assim. Era o vale-tudo da época. Os combatentes saíam na porrada e depois estava tudo certo, apertavam as mãos e íam um pra cada lado.

Acontece que Fábio nessa época ainda era menor de idade, tinha apenas 17 anos e só viria a completar 18 em setembro de 1996. O instrutor da academia rival já era maior de idade e ficaram nesse impasse e esse combate não pôde acontecer nesses moldes. Porém, tudo era uma questão de tempo, afinal tudo o que é para acontecer, acaba acontecendo!!

sábado, julho 18, 2015

100 músicas para se ouvir de 1959 à 1961

Lista criada pelo blog Discografia Obrigatória. Temos as cem canções fundamentais para se entender o que acontecia de música top nessa época. São 4 horas e 12 minutos de música. Dá pra se escutar em uma sentada. Aproveitem. 

101 – 1959 – Memphis, Tennessee – Chuck Berry

102 – 1959 – What I’d say? – Ray Charles

103 – 1959 – Put your head on my shoulder – Paul Anka

104 – 1959 – Poison Ivy – The Coasters

105 – 1959 – Money, that’s what I want – Barrett Strong

106 – 1959 – Kansas City – Wilbert Harrison

107 – 1959 – Shout – The Isley Brothers

108 – 1959 – Till I kissed you – The Everly Brothers

109 – 1959 – Crying, waiting, hoping – Buddy Holly

110 – 1959 – Something else – Eddie Cochran

111 – 1959 – Peggy Sue got married – Buddy Holly

112 – 1959 – Lonely boy – Paul Anka

113 – 1959 – A teenager in love – Dion and The Belmonts

114 – 1959 - It doesn’t matter anymore – Buddy Holly

115 – 1959 - Personality – Lloyd Price

116 – 1959 – A big hunk of love – Elvis Presley

117 – 1959 – Oh, Carol! – Neil Sedaka

118 – 1959 – (Now and then there’s) A fool such as I – Elvis Presley

119 – 1959 – Teenage heaven – Eddie Cochran

120 – 1959 – Raining in my heart – Buddy Holly and The Crickets

121 – 1959 – Back in the U.S.A. – Chuck Berry

122 – 1959 – Dream lover – Bobby Darin

123 – 1959 – Almost grown – Chuck Berry

124 – 1959 – It’s late – Ricky Nelson

125 – 1959 – Don’t take your guns to town – Johnny Cash

126 – 1960 – The twist – Chubby Checker

127 – 1960 – Are you lonesome tonight? – Elvis Presley

128 – 1960 – Only the lonely – Roy Orbison

129 – 1960 – Will you love me tomorrow? – The Shirelles

130 – 1960 – Wonderful world – Sam Cooke

131 – 1960 – Cathy’s clown – The Everly Brothers

132 – 1960 – Georgia on my mind – Ray Charles

133 – 1960 – Stuck on you – Elvis Presley

134 – 1960 – Itsy bitsy teenie yellow polka dot bikini – Bryan Hyland

135 – 1960 – It’s now or never – Elvis Presley

136 – 1960 – Boys – The Shirelles

137 – 1960 – New Orleans – Gary U.S. Bonds

138 – 1960 – Volare – Bobby Rydell

139 – 1960 – You’re sixteen – Johnny Burnette

140 – 1960 – Let it be me – The Everly Brothers

141 – 1960 – Stairway to heaven – Neil Sedaka

142 – 1960 - When I will be loved – The Everly Brothers

143 – 1960 - Where or when – Dion and The Belmonts

144 – 1960 - Walk, don’t run – The Ventures

145 – 1960 - Spoonful – Howlin’ Wolf

146 – 1960 - A mess of blues – Elvis Presley

147 – 1960 - Stay – Maurice and The Zodiacs

148 – 1960 - Shaking all over – Johnny Kid and The Pirates

149 – 1960 - Let it rock – Chuck Berry

150 – 1961 – Let’s twist again – Chubby Checker

151 – 1961 – Please, mister postman – The Marvelettes

152 – 1961 – Hit the road, Jack – Ray Charles

153 – 1961 – Crazy – Patsy Cline

154 – 1961 – Stand by me – Ben E. King

155 – 1961 –The lion sleeps tonight - The Tokens

156 – 1961 – Can’t help falling in love – Elvis Presley

157 – 1961 – Runaway – Del Shannon

158 – 1961 – Crying – Roy Orbison

159 – 1961 – Little sister – Elvis Presley

160 – 1961 – The wanderer – Dion

161 – 1961 – Love hurts – Roy Orbison

162 – 1961 – Runaround Sue – Dion

163 – 1961 - Hey, baby! – Bruce Channel

164 – 1961 – Watch your step – Bobby Parker

165 – 1961 – Running scared – Roy Orbison

166 – 1961 – Baby, it’s you – The Shirelles

167 – 1961 – Moon river – Andy Williams

168 – 1961 – Travelling man – Ricky Nelson

169 – 1961 – Quarter to three – Gary U.S. Bonds

170 – 1961 – Calendar girl – Neil Sedaka

171 – 1961 – Surrender – Elvis Presley

172 – 1961 – Hello, Mary Lou – Ricky Nelson

173 – 1961 – Hats off to Larry – Del Shannon

174 – 1961 – Walk right back – The Everly Brothers

175 – 1961 – Unchain my heart – Ray Charles

176 – 1961 – A shot of rhythm and blues – Arthur Alexander

177 – 1959 – Crying my heart out for you – Neil Sedaka

178 – 1959 – Poor Jenny – The Everly Brothers

179 – 1959 – Stupid cupid – Neil Sedaka

180 – 1959 – Sleep walk – Santo and Johnny

181 – 1959 – I need your love tonight – Elvis Presley

182 – 1959 – Take a message to Mary – The Everly Brothers

183 – 1959 – We belong together – Ritchie Valens

184 – 1959 – Ne me quitte pas – Jacques Brel

185 – 1960 – Fame and fortune – Elvis Presley

186 – 1960 – Apache – The Ventures

187 – 1960 – I gotta know – Elvis Presley

188 – 1960 – Save the last dance for me – The Drifters

189 – 1960 – Bye bye Johnny – Chuck Berry

190 – 1960 – Walking to New Orleans – Fats Domino

191 – 1960 – Let’s have a party – Wanda Jackson

192 – 1960 – This magic moment – The Drifters

193 – 1961 – Marie is the name of his latest flame – Elvis Presley

194 – 1961 – Hey, little girl! – Del Shannon

195 – 1961 – I’m talking about you – Chuck Berry

196 – 1961 – No more – Elvis Presley

197 – 1961 – Take good care of my baby – Bobby Vee

198 – 1961 – Walk on by – Leroy Van Dyke

199 – 1961 – What’s so good about goodbye? – The Miracles

200 – 1961 – You better move on – Arthur Alexander

domingo, julho 05, 2015

100 Músicas para se ouvir de 1952 à 1958



Lista criada pelo blog Discografia Obrigatória. Temos as cem canções fundamentais para se entender o que acontecia de música top nessa época. São 4 horas, 5 minutos e 43 segundos de música. Dá pra se escutar em uma sentada. Aproveitem. 

01 - 1952 – Lawdy Miss Clawdy – Lloyd Price
               
02 - 1953 – Hound dog – Willie Mae “Big Mamma” Thornton

03 – 1953 – Money honey – The Drifters

04 - 1954 – Shake, rattle and roll – Big Joe Turner

05 – 1954 – That’s all right – Elvis Presley

06 – 1954 – Rock around the clock – Bill Halley and His Comets

07 – 1954 – Blue moon of Kentucky – Elvis Presley

08 – 1954 – Earth Angel – The Penguins

09 – 1954 – Good rockin’ tonight – Elvis Presley

10 – 1954 – Hoochie Coochie Man – Muddy Waters

11 - 1955 – Maybellene – Chuck Berry

12 - 1955 – Only you (and you alone) – The Platters

13 - 1955 – Tutti-Frutti – Little Richard

14 - 1955 – The great pretender – The Platters

15 - 1955 – I got a woman – Ray Charles

16 – 1955 – Mystery train – Elvis Presley

17 – 1955 – The Folsom prison blues – Johnny Cash

18 – 1955 – Baby let’s play house – Elvis Presley

19 – 1955 – Ain’t that a shame – Fats Domino

20 – 1955 – I forgot to remember to forget – Elvis Presley

21 – 1955 – Mannish boy – Muddy Waters

22 – 1955 - I'm Left, You're Right, She's Gone – Elvis Presley

23 – 1955 – Every day I have the blues – BB King

24 - 1956 – Be bop a lula – Gene Vincent and his bluecaps

25 – 1956 – Slippin and slidin – Little Richard

26 - 1956 – Blue suede shoes – Carl Perkins

27 - 1956 – Heartbreak hotel – Elvis Presley

28 - 1956 – Roll over Beethoven – Chuck Berry

29 - 1956 – I walk the line – Johnny Cash

30 – 1956 – Long tall sally – Little Richard

31 – 1956 – Honey don’t – Carl Perkins

32 - 1956 – Don’t be cruel – Elvis Presley

33 – 1956 – Brown eyed handsome man – Chuck Berry

34 – 1956 – Blueberry hill – Fats domino

35 – 1956 – Rip it up – Little Richard

36 - 1956 – Love me tender – Elvis Presley

37 – 1956 – Too much monkey business – Chuck Berry

38 – 1956 – Hallelujah, I love her so – Ray Charles

39 – 1956 – Sweet little angel – B.B. King

40 – 1956 – Ooby Dooby – Roy Orbison

41 – 1956 – Crazy arms – Jerry Lee Lewis

42 - 1956 – Ready Teddy – Little Richard

43 - 1956 – I want you, I need you, I love you – Elvis Presley

44 – 1956 – She’s got it – Little Richard

45 – 1956 – Trying to get to you – Elvis Presley

46 – 1956 – The girl can’t help it – Little Richard

47 – 1956 – I’m gonna sit right down and cry (over you) – Elvis Presley

48 – 1957 – Rock and roll music – Chuck Berry

49 – 1957 – Lucille – Little Richard

50 – 1957 – Great balls of fire – Jerry Lee Lewis

51 – 1957 – That’ll be the day – Buddy Holly

52 – 1957 – Bye Bye Love – Everly Brothers

53 – 1957 – Diana – Paul Anka

54 – 1957 – Jailhouse rock – Elvis Presley

55 – 1957 – Jenny Jenny Jenny – Little Richard

56 – 1957 - Whole Lotta Shakin' Going On – Jerry Lee Lewis

57 – 1957 – Words of love – Buddy Holly

58 – 1957 – Wake up little Susie – Everly Brothers

59 – 1957 – (Let me be your) Teddy Bear – Elvis Presley

60 – 1957 – Susie Q - Dale Hawkins

61 – 1957 – Matchbox – Carl Perkins

62 – 1957 – Everyday – Buddy Holly

63 – 1957 – All shook up – Elvis Presley

64 – 1957 – Peggy Sue – Buddy Holly

65 – 1957 – Just because – Lloyd Price

66 – 1957 – Maybe baby – Buddy Holly

67 – 1957 – Glad all over – Carl Perkins

68 – 1957 – Keep a knockin' – Little Richard

69 – 1957 – Not fade away – Buddy Holly

70 – 1957 – Everybody’s trying to be my baby – Carl Perkins

71 – 1957 - (You're so square) Baby I Don't Care – Elvis Presley

72 – 1957 – Oh, boy! – Buddy Holly

73 – 1958 – Johnny B. Goode – Chuck Berry

74 – 1958 – Good golly miss Molly – Little Richard

75 – 1958 – Summertime blues – Eddie Cochran

76 – 1958 – Trouble – Elvis Presley

77 – 1958 – Come on let’s go – Ritchie Valens

78 – 1958 – Breathless – Jerry Lee Lewis

79 – 1958 – Dizzy Missy Lizzy – Larry Williams

80 – 1958 – Splish Splash – Bobby Darin

81 – 1958 – All I have to do is dream – Everly brothers

82 – 1958 – Stagger Lee – Lloyd Price

83 – 1958 – Rumble – Link Wray

84 – 1958 – I wonder why – Dion and The Belmonts

85 – 1958 – Sweet little sixteen – Chuck Berry

86 – 1958 – Rave on – Buddy Holly

87 – 1958 – La bamba – Ritchie Valens

88 – 1958 – Don’t – Elvis Presley

89 – 1958 – C’mon everybody – Eddie Cochran

90 – 1958 – Tequila – The Champs

91 – 1958 – Carol – Chuck Berry

92 – 1958 – Oh, Donna – Ritchie Valens

93 – 1958 – Do you wanna dance? – Bobby Freeman

94 – 1958 – It’s so easy – Buddy Holly

95 – 1958 – One night – Elvis Presley

96 – 1958 – I’m gonna love you too – Buddy Holly

97 – 1958 – Bird Dog – The Everly Brothers

98 – 1955 – Bo Diddley – Bo Diddley

99 – 1957 – School days – Chuck Berry

100 – 1957 – Twenty flight rock – Eddie Cochran