quarta-feira, dezembro 21, 2011

Economia 1


O ano de 1997 foi um divisor de águas na minha vida, sem sombra de dúvidas. Eu começava o terceiro semestre do curso de administração de empresas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte no meio do ano, e começava a me interessar pelos assuntos econômicos do país e do mundo. Eu havia acabado com todas as minhas tentativas de empreendedor (fábrica de gelo, jornal teen e lanchonete) e resolvi me dedicar somente aos estudos.

Era o terceiro ano do primeiro mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso. O país vivia ainda sob a euforia do Plano Real. O programa de estabilização foi extraordinário no combate à inflação, mas estava esbarrando na falta de crescimento.

Uma consequência direta dessa falta de crescimento é o desemprego. E para crescer é preciso ter dinheiro, financiamento. E pro governo ter esse dinheiro, é preciso ter as contas equilibradas. E pra equilibrar essas contas, era preciso fazer reformas que o governo ainda não havia feito.

Pra completar, tivemos uma crise em Hong Kong, que fez com que os investidores retirassem o dinheiro da bolsa de lá. Acontece que o investidor global quando precisa, vende as ações que tem mais liquidez pra cobrir suas posições em outro lugar. E isso provoca quedas nas ações do mundo todo.

Então quando o investidor sai do país, seu dinheiro é convertido em dólar. Aí quando esse dinheiro sai em massa, falta dólar no mercado e o preço do dólar sabe. Foi por isso que o governo FHC interviu, lançando dólares na praça pra manter a paridade do Real diante do dólar.

Mas pra decepção da oposição, no caso da época representada pelo PT, a crise de Hong Kong mostrou um lado forte do Brasil. A queda das bolsas brasileiras foi grande porque as ações brasileiras tinham muita liquidez. Telebrás, Petrobrás, Telesp e Eletrobrás, que eram mais de 80% do mercado brasileiro, foram vendidas rapidamente porque tinham muitos interessados em compra-las.

O outro ponto positivo foi a demonstração de competência do Banco Central no controle da crise, utilizando as reservas em dólar. O problema podia ter sido muito mais sério se não tivessem agido com competência. No México a desvalorização da moeda foi de 7%. O ponto negativo foi ver que o Plano Real dependia demais do dólar, da chamada âncora cambial.

sábado, novembro 12, 2011

UFC 1 – The Beginning!


Hoje comemoramos 18 anos do primeiro UFC da história. Por isso, criei esse post comemorativo. No dia 12 de Novembro de 1993, na cidade de Denver, no Estado do Colorado, na McNichols Sports Arena, começava o maior torneio de lutas do mundo. Tivemos ali uma plateia de 2,800 pagantes. O Ultimate Fighting Championship, ou apenas UFC , foi criado a partir de uma ideia do brasileiro Rorion Gracie.
O torneio não tinha divisões de peso e as lutas só acabavam através de nocaute, finalização, desistência ou interrupção do juiz devido a um corte ou machucados sérios. Luvas não eram permitidas. Não era permitido mordida e nem dedo no olho. Os juízes eram João Alberto Barreto e Hélio Vigio, dois veteranos brasileiros das lutas.  
Nessa primeira edição, o apresentador da mesa era Bill Wallace e os comentaristas eram Jim Brown, um ídolo do futebol americano e uma mulher, Kathy Long, cinco vezes campeão mundial de Kickboxing e atriz e dublê de cinema. No ringue, tínhamos mais dois repórteres, o Rod Machado e o Brian Kilmeade. O anunciador da luta foi Rich Goins.
A primeira luta da noite ocorreu entre um lutador do Savate, o Gerard Gordeau e um lutador do Sumô, Teila Tuli. Teila Tuli entrou primeiro no ringue, com um pano estampado com a mesma estampa dos shorts, cobrindo o corpo e uma toca de inverno. Lutou com shorts, sem camisa. Entrou representando Honolulu, Hawaii e pesava 410 libras e media 6’2”.
Gerard Gordeau vinha de Amsterdã, Holanda e entrou no ringue somente com a calça do kimono e uma toalhinha nos ombros. Pesava 216 libras e media 6’5”. Também lutou somente com a calça do kimono, sem camisa.
Começa a luta e Teila vai pra cima de Gordeau, soltando mata-cobras, com a cabeça abaixada. Gordeau recua até a grade, e Teila tenta segurar sua perna, mas não consegue e cai sentado. Nesse momento, Gordeau se afasta e chuta Teila na cara, quando este ainda estava sentado e um dente voa longe. Tempos bons esses. Logo em seguida manda um soco na cara do havaiano, e o juiz para a luta.
Teila Tuli está sangrando muito no rosto e o juiz chama Rorion Gracie e o time de Tuli pra conversar. Tuli claramente quer continuar a lutar e fica revoltado com a decisão de um médico que apareceu e disse que não dava pra continuar. Gerard Gordeau vencia assim a primeira luta da história do UFC e se preparava pra enfrentar o vencedor da luta entre Kevin Rosier e Zane Frazier.  
Assista a luta 1:
A segunda luta da noite foi entre  um representante do kickboxing e outro do karate. Kevin Rosier entrou primeiro no ringue e era o representante do kickboxing e entrou no ringue com um short branco e um moleton, com o capuz cobrindo a cabeça. Ele pesava 265 libras e media 6’4””. Lutava pela cidade de Cheektowaga, estado de New York.
O representante do karate era Zane Frazier e entrou no ringue de short branco e duas toalhas no ombro. Pesava 230 libras e media 6’6”. Lutava pela cidade de North Hollywood, estado da California.
Começa a luta, Rosier no centro do ringue, Frazier por fora. Rosier então encaixa um mata-cobra, um soco, um low kick, outro soco e desequilibra Frazier, que cai e Rosier fica na sua lateral. Frazier então vira de quatro e Rosier começa a socar a nuca de Frazier. Rosier então dá uma cotovelada nas costas de Frazier, que se levanta.
Rosier então manda uma joelhada no estômago de Frazier e o mesmo pega ar. Manda um direto em Rosier e empurra-o pra grade. Ficam no clinche e Frazier manda uma joelhada nas partes de Rosier. Frazier então manda outro soco e outra joelhada, dessa vez no estômago de Rosier. 
Rosier fica sendo massacrado nas grades por um bom tempo, levando joelhadas e socos e se defendendo como pode. Frazier ainda derruba Rosier e vai pras costas. Mas sem saber como finalizar, deixa uma oportunidade de ouro, inclusive dando uma gravata de segurança sem eficácia alguma.
Faltando algo como 1 minuto e meio pro fim do round, Rosier se levanta, pois Frazier permitiu isso, e quando tudo parecia que a luta iria pro karateca, a coisa começa a mudar. Nesse momento, os dois lutadores parecem muito cansados, mas Rosier fica atacando, só por atacar mesmo. Faltando 58 segundos pro fim do round, ele então começa o massacre em cima de Frazier. Uma sequência de socos até Frazier ficar com um joelho no chão, apoiado na grade. E ai vem a ignorância final: dois pisoes na cabeça de Frazier fez com que o seu corner jogasse a toalha antes que o homem morresse. O short branco de Rosier no meio dos peitos é uma coisa linda de se ver.
Kevin Rosier se sagrou o vencedor da segunda luta da história do UFC, uma luta desgastante que o levaria pra primeira semi-final, sua segunda luta da noite, com clara desvantagem com relacao ao seu oponente, Gerard Gordeau, que lutou apenas alguns segundos na sua primeira luta da noite.
A terceira luta da noite seria entre o grande Royce Gracie, representando o nosso jiu-jitsu e Art Jimmerson, representando o boxing. Royce Gracie entra primeiro no ringue, vestido de kimono e com o irmão Rickson Gracie na frente. Na passagem, Hélio Gracie, que estava na plateia, todo vestido de terno, dá umas instruções no ouvido de Rickson. Royce Gracie tinha  180 libras e media 6’1”” e lutava pelo Rio de Janeiro, Brasil.
Art Jimmerson entrava no ringue com o habitual roupão de boxer, e com luvas de boxe. Pesava 196 libras e media 6’1”, a mesma altura de Royce. Lutava pela cidade de St-Louis, estado de Missouri.
Começa a luta e os lutadores se estudam um pouco, com Royce por fora e o boxer por dentro do ringue. Royce então dá um pisão, uns chutes e entra uma boa e velha baiana, derrubando assim o boxer. Estilo jiu-jitsu das antigas. Ao chegar ao chão, vai pra lateral de Jimmerson, em seguida passa pra montada e coloca os ganchos. Estabiliza a posição e fica ali tramando o que fazer.
O boxer fica querendo sai dali desesperado, mas Royce está com bom equilíbrio e impede também o boxer de virar. Não dá pra ver o que acontece, mas aparentemente Royce ficou apenas em cima dele, na montada e o boxer se desesperou. Não parece que foi dado nenhum estrangulamento. Royce achou bem estranho, mas aparentemente, o boxer entrou em pânico e bateu diversas vezes até que o juiz visse. Na saída, Royler Gracie e Rickson Gracie correm pra parabenizar Royce.
Assista essa luta:
A última luta da primeira fase da noite se daria entre um lutador representando o shootfighting, Ken Shamrock e um lutador representando o Tae Kwon Do, Patrick Smith.
Ken Shamrock entra primeiro no ringue, com um casaco e uma camisa azul, sunga vermelha e uma toalha no pescoço. Tinha 6 pés de altura, 220 libras e lutava por Lockeford, Califórnia.
Patrick Smith entrava com shorts de boxer e uma toalha no pescoço. Tinha 6’2” de altura e pesava 217 libras. Lutava por Denver, Colorado, sendo assim, o único lutador local do evento.
Começa a luta e Ken Shamrock parte pra cima de Pat Smith e faz o clinche na sua cintura. Logo em seguida, derruba-o e cai dentro da guarda de Smith. Ken então fica em pé e lança uns socos sem efetividade na cabeça de Smith. Pat Smith mantém Shamrock perto, sem deixar que o mesmo se levante por completo.
Ken Shamrock então pega Smith numa chave de pé e finaliza o lutador do Tae Kwon Do, que fica gemendo no chão de dor. Após se levantar, Pat Smith fica revoltado, querendo brigar com Shamrock e é retirado do ringue pelo seu time. 
É notória a falta de conhecimento de chão de Smith, que ao ser pego na chave de pé, fica tentando dobrar o pé de Shamrock, sem técnica alguma e depois tenta dar cotoveladas no joelho dele pra se livrar da chave de pé. Nenhuma luta dessa primeira fase passou de cinco minutos.  
Assista a essa luta:
Começa então a primeira semi-final, entre Gerard Gordeau e Kevin Rosier. Gerard Gordeau estava em ampla vantagem, pois alem de ter lutado antes de Kevin Rosier, a luta dele não durou nem 1 minuto, enquanto a luta de Rosier foi uma batalha, aliás, a única grande batalha até então na noite.
Começa a luta com Rosier indo pra cima e mandando alguns socos e chutes, mas logo em seguida Gordeau começa a devolver e ficam nessa troca ate que Gordeau entra dois bons socos e empurra Rosier pra grade, que se desequilibra e fica de joelhos. Gordeau então entra com um chute na cabeça de Rosier e começar a socar.
Rosier tenta se levantar e leva outro soco. E mais outro e outro. E uma cotovelada. Rosier tenta se levantar novamente e bum, outro soco. Gordeau então desce um chutão nas costelas de Rosier e o juiz interrompe a luta pois Rosier está batendo no ringue, e dá a vitória da primeira semi-final pra Gerard Gordeau. 
Assista a essa luta:
Começa então a outra semi-final entre Royce Gracie e Ken Shamrock. Royce vai pra cima de Shamrock e tenta uma baiana. Shamrock trava e tenta colocar Royce pra baixo. Royce consegue reverter e cai com Shamrock na guarda e começar a meter o calcanhar nas costelas de Ken. Royce então raspa e vai pra cima Ken, pegando-o eventualmente num estrangulamento lateral. Shamrock então bate 5 vezes no chão, mas quando o juiz chega perto, nega. Mas as cinco tapinhas no ringue foram óbvias e quando isso acontece, Royce solta o estrangulamento.
Royce começa então a gritar pra Ken algo como: “Você bateu, você bateu, assuma, você bateu!”. Ken Shamrock então assume que bateu e a luta acaba, tendo Royce como vencedor.  
Foi por causa dessa luta que em outras ocasiões lutadores brasileiros não soltavam mais os golpes encaixados, até que o juiz de fato interrompessem, para que não ocorresse situação similar, que poderia até dar a vitória pro oponente desonesto. 
Assista a essa luta:
Antes de começar a final, a família Gracie entra no ringue pra fazer uma homenagem ao velho Hélio Gracie. Mas enquanto Rorion faz a apresentação, a plateia começa a vaiar. Tem uma moça traduzindo pra Hélio e quando Rorion chama Hélio pelo nome, a plateia começa a aplaudir calorosamente, e o velho Hélio levanta o braço em agradecimento, ele que estava sério o tempo todo durante as vaias.
Hélio diz o seguinte: “Estou muito feliz, pois este espetáculo que meus filhos realizam em Denver, para todo o mundo, é o premio que eu recebo pelos 65 anos de suor e sangue derramados. Obrigado”. E mais palmas vem da plateia e os filhos abraçam o pai Hélio.
Gerard Gordeau entra primeiro no ringue e Royce entra logo em seguida com o clã Gracie à tira-colo. Começa a luta e outra vez Royce entra com uma baiana. Gordeau defende e se levantam agarrados. Royce empurra então Gordeau até a grade e ficam ali no clinche até que Royce derruba-o lindamente, já alcançando a montada. 
Gordeau então começa a virar de quatro e Royce pega as costas dele. Royce fica tentando entrar o braço pro mata-leão, mas Gordeau não deixa, até que Royce dá uma cabeçada e o mesmo permite então a entrada do braço de Royce, que logo em seguida aplica o mata-leão e não soltando até o juiz berrar, com medo de acontecer igual a luta contra Ken Shamrock. Gordeau estava quase apagando já, e bateu umas 10 vezes, com as duas mãos, antes de Royce soltar.
Royce está bem chateado, mesmo ganhando, não está com cara de bons amigos. Rickson chega e dá um beijo nele, que retribui beijando Rickson. Então Royler chega e também beija o irmão e o clã começa a levantar o campeão nos braços.
Na entrevista final, Royce agradece à família e aos irmãos por ensinarem a ele tudo o que sabe e diz que sua estratégia é não querer levar nenhuma porrada, pois não gosta de levar porrada. Explicou também que lutava com o kimono pois os outros lutadores estavam com bastante vaselina no corpo e o kimono impedia que eles escapassem.
A camera mostra então Hélio Gracie sorrindo na plateia.  
Royce disse que iria pegar o dinheiro do premio e iria pra Disneyland e começou a rir. No final disse que o dinheiro não iria muda-lo, pois ele não estava lutando ali pelo dinheiro e sim pela honra da família, que estava nesse negócio havia 65 anos. 
Assista a essa luta:
Royce Gracie recebeu uma medalha e um cheque de 50 mil dólares. A família Gracie então sobe ao ringue novamente e todos comemoraram muito. É o fim do primeiro UFC da história, que foi dedicado ao mestre Hélio Gracie, que segundo Rorion Gracie, foi o grande inspirador do torneio, pois era assim que ele fazia suas lutas no passado, contra artes marciais diferentes e sem regras.
Hélio Gracie foi o primeiro ultimate fighter, segundo Rorion e seu filho Royce Gracie, o primeiro a ganhar o Ultimate Fighting Championship.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Perigos da comunicação eletrônica



Nos dias de hoje, as pessoas não querem mais fazer uso do telefone ou do contato face a face dentro das organizações. A qualidade da comunicação no mundo dos negócios tem se tornado cada vez mais pobre, uma vez que é crescente o uso de correios eletrônicos com o intuito de aumentar a eficiência da comunicação. Mas o que ocorre é justamente o contrário.
O que vem se notando é que as pessoas não conseguem mais se fazer entender, mesmo quando enviam dezenas de E-mails explicando o mesmo assunto.
Uma conversa ao telefone ou uma visita à mesa do colega ou chefe, resolveria o problema em matéria de minutos. Então porque a boçalidade de achar que só podemos usar o E-mail? Que eficiência é essa? Prosaicamente, basta calcular pra saber se você consegue digitar mais rápido do que fala.
Adicione então à conta, as perguntas que o interlocutor vai fazer pra melhor compreensão da questão. E outras perguntas e respostas que podem surgir.
Até porque, se o sujeito que recebeu o E-mail não responder rápido, o sujeito que mandou pode achar que ele está com má vontade. Mas você fazendo uma visita ao cidadão, poderá constatar se ele está ocupado, ou não. Nesse caso, o telefone também não ajudaria muito.
O problema é que na etiqueta nova do trabalho, as mensagens de texto são menos intrusivas do que o telefone e a visita. Ora, hoje em dia, a visita e o telefone só servem nos casos em que o outro lado não entendeu o problema, quando na verdade, o caminho deveria ser o inverso.
O sujeito faria uma visita, discutiriam o problema e logo depois, mandariam um E-mail fazendo um resumo da conversa que tiveram, para que fique documentado. Aqui usa-se muito isso, as per our conversation.
Sim, pois isto é importante, uma vez que uma correspondência eletrônica vale o mesmo que uma assinatura. O que está escrito ali, vale. Todas as vezes que alguém tem que fazer uma coisa aqui no Canadá, ele pede pro outro, por favor, pode me enviar isso por escrito?
Assim, na minha opinião, a prioridade deveria ser uma visita, ou telefonema caso não possa ir até à mesa do colega, e por fim, um E-mail.  
Os superiores também devem se valer muito dessas visitas. É uma forma de estreitar os laços com os subordinados e mostrarem que eles estão acessíveis. Um funcionário é bem mais propenso a não fazer algo de errado quando não conhecem o superior do que quando trocam palavras com ele de vez em quando. E o mesmo funciona positivamente, quando conhecem o chefe.
Os australianos chamam essa prática dos superiores de passearem de “going walkabout”. Trata-se de uma ferramenta barata que aumenta a eficiência do trabalho de forma considerável.
Tenho uma pequena empresa de prestação de serviços e quando recebo um E-mail desaforado de um cliente, que está insatisfeito com alguma coisa, nunca respondo. Ao invés disso, faço uma visita o quanto antes.
O tom grosseiro ou negativo da mensagem se evapora ao receberem minha visita. Eu pergunto do problema e eles vão logo dizendo que não era bem assim, que não era nada demais e sempre agradecem pela visita.
Com isso aprendi que o problema na prestação de serviços não é errar. O problema é não responder aos erros com rapidez. E tudo isso só se confirma na visita cara a cara. O cliente se sente valorizado, afinal, alguém da empresa foi até lá tratar com ele, ao invés de simplesmente digitar algumas palavras e apertar “send”.
Se perceber que o cliente não está muito ocupado, ainda puxo assunto sobre coisas fora do trabalho. Se der conversa, e a maioria dá, já era, eis um cliente conquistado. E na próxima vez, aquele E-mail chegará de forma bem diferente.
Quando a visita é ao seu funcionário, ele também se sentirá valorizado. Agora, por favor, se quer reclamar de algo, faça reservadamente, chame o funcionário em um canto e converse. Mas se for pra elogio, faça-o na frente de todos.
Nem pra isso um E-mail serve, pois ninguém vai ficar imprimindo E-mail pra mostrar pros outros, se receber elogio. Se for crítica, na maioria das vezes, vai entrar por um olho e sair pelo outro.
Portanto, jamais ignore a comunicação cara a cara. Em 95% dos casos, o resultado vai ser infinitamente superior ao frio E-mail. 

terça-feira, outubro 11, 2011

Humanos, contra ou a favor da terra?

Nesse final de semana, conversando com um canadense pai de uma amiguinha das minhas filhas, descobri que o conceito de conviver com os bichos aqui é tão recente quanto no resto do mundo. Pelo menos em termos de lei. Na época de criança dele, que deve estar no meio da década dos 30, ninguém ligava caso um sujeito desse um tiro num guaxinim que bagunçasse seu quintal todos os dias em procura de comida. 

Hoje em dia, caso alguém pense em fazer isso, e for pego, vai pra cadeia no ato. Assim, vivem de maneira mais civilizada possível com os animais, mesmo sem gostar em muitos casos. Eu mesmo aprendi a conviver melhor com certos bichos, mesmo sem ter amor por nenhum deles. Já até salvei da morte um filhote de guaxinim, que estava preso em uma grande lata de lixo sem conseguir sair de lá. 

Na verdade, a vida humana depende dos outros seres vivos pra se manter no planeta. Não podemos deixar desaparecer espécies de animais e plantas sem serem estudadas e catalogadas antes. Nós, seres humanos, somos apenas um elo da cadeia biológica, e não podemos viver isolados dos animais e vegetais. Hoje muita gente sabe disso, mas nem sempre foi assim. Por milénios, o homem viveu em combate com a natureza e só sobreviveu porque derrotou os perigos do mundo natural. 

Só começamos a parar de destruir o planeta quando do advento das sociedades industriais e das formas globais de destruição da natureza, que nos despertaram para a necessidade de conservar o meio ambiente. Mas não só isso. Ao longo da existência humana no planeta, foi-se firmando em nossos genes uma predisposição hereditária da espécie humana para a convivência pacífica com os demais seres vivos. 

O nosso lado animal não é necessariamente selvagem e predatório. Mesmo tendo produzido grandes catástrofes e extinções de vida em massa na terra, lá dentro, algo nos diz que isso é um erro, que estamos jogando contra o nosso próprio património. 

Fatores sociais e econômicos determinam quando a predisposição de viver em harmonia com a natureza prevalece ou se a agressividade com a natureza predomina na historia humana. No momento, parece que a predisposição de salvar o planeta está predominando, embora ainda estejamos sob o impacto das formidáveis agressões que desencadeamos contra as cadeias de vida do planeta. 

Há um grande bafafá em torno da importância da preservação da Amazônia no mundo todo, o que percebo as vezes irrita até a o pensamento de soberania nacional. Mas na verdade, a preocupação mundial com a floresta Amazônica se dá justamente pela sua fragilidade e não por ela ser o pulmão do mundo, como se diz por ai. 

Em muitos pontos, as matas tropicais ainda estão sendo danificadas de forma tão indecente que mesmo as mais modernas tecnologias de reflorestamento não poderão traze-las de volta à vida. Dezenas de milhares de animais e plantas são extintos sem que tenhamos a chance de estuda-los. E por consequência, sem saber se eles contem ou produzem substancias que poderiam minorar os sofrimentos humanos. Matamos espécies numa velocidade muito maior do que elas podem ser criadas naturalmente. Gastamos o património natural sem que ele possa ser reposto com a mesma intensidade. 

Pra resolver essa equação, precisamos acelerar o nosso lado estudioso e conservacionista e conter o nosso lado destruidor. Conhecer uma espécie é o primeiro passo para sua conservação, pois só conservamos o que amamos e só amamos o que conhecemos e só conhecemos aquilo que nos é ensinado. 

As florestas tropicais são exuberantes apenas na aparência. Na verdade, são desertos úmidos. Possuem uma vasta e complexa cobertura vegetal fincada num solo arenoso, fertilizado apenas por uma delgada capa de material orgânico. Essa capa é mantida por um regime de chuvas acima dos 100 milímetros anuais. Entre todos os ecossistemas do planeta, o deserto úmido é o mais frágil. Ninguém sabe ainda como reconstrui-lo. 

Mas entre mortos e feridos, sobrou uma coisa positiva, que ninguém pode negar que tenha sido bom. Hoje em dia, nenhum projeto vai adiante sem que alguém tenha de esclarecer quais serão os efeitos das obras sobre a natureza. Isso não existia nos meus tempos de criança, nem na ideia do mais bem-intencionado esquerdista. 

Assim, mesmo sendo chato ou dispendioso pra alguns, nenhum projeto é aprovado sem que tenham um aval do órgão público que regula o meio ambiente. Isso é um avanço e tanto no que diz respeito à conservação do meio ambiente. Se eu falasse que existiria um órgão assim quando o meu pai tinha 20 anos de idade, ele iria cair na risada e dizer que se tratava de uma utopia. Não é mais.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Língua enrolada


É de dar pena quando vejo um estrangeiro tentando aprender a falar português. Ô linguazinha difícil do cacete. Até mesmo entre os brasileiros, poucos são os que falam e escrevem corretamente. Escrever principalmente.

Os motivos são muitos. Como a educação no Brasil é praticamente privada, quando se fala na pública, o ensino da língua é confiado principalmente a professores despreparados para a tarefa. Pra completar, o brasileiro lê pouco, o que propicia uma limitação enorme de vocabulário.

Ok, não vamos ser injustos. Os que vem das escolas e universidades privadas também não sabem escrever porra nenhuma. Você pode comprovar isso nas redes sociais. As redes sociais, alias, vieram pra expor a mediocridade do conhecimento sobre a nossa língua.

Tudo bem, é uma língua difícil, um outro diria. Sim, então não fale, fique calado. Mas tudo isso não altera em nada a vida de ninguém, certo? Tem gente que junta muito dinheiro sem nem saber ler. Muito legal. Mas temos aí um lado podre, que é a dominação das massas através da linguagem.

Eu mesmo se pego uma petição jurídica, não consigo descobrir se sou culpado ou inocente. E eles fazem isso de propósito, afinal, se todos aprendem aquela farsa toda ali, pra que vão contratar advogados?

Assim, uma grande parcela da população é mantida na ignorância, com o propósito de distancia-la da sintaxe dominante, onde são redigidos os contratos e as leis. Vemos nesse caso que a língua é poder e sem ter acesso a ela, o povo fica facilmente manobrado.

Até pra ajudar a canalhice dessa corja de ladroes desse país, a língua difícil ajuda. É muita combinação de fatores para que um dia esse país saia da merda. É muita!!!!!

quarta-feira, setembro 21, 2011

Fuja das Telecoms

Eu já havia dito há alguns anos atrás que a Blockbuster teria um futuro triste. Eis que esse ano ela fechou as portas aqui no Canadá. Mas era obvio, com tanto filme sendo baixado pela internet e pelos vídeos on demand, quem iria perder seu tempo de sair de casa pra ir buscar um filme e ainda mais, caso não devolvesse em tempo, pagando multa por atraso? Era um negocio fadado ao fracasso, como foi o caso das maquinas de escrever.

Se acreditar, não invista seu dinheiro em empresas de telefonia, pois elas vão sofrer um grande baque nos próximos anos. Hoje em dia, as empresas que fornecem telefones sob a tecnologia VOIP (Voice over the internet protocol) irão dominar o mercado. Elas oferecem um telefone bem mais barato e com muito mais features pros clientes.

Elas são muitas: voip.ms., 8x8, magicjack, e por aí vai. Mesmo alem dessas empresas, ainda há o Google talk e o skype, caso você não se incomode de fazer ligacoes pelo computador. O futuro das grandes nesse ramo de telefonia de voz está fadado, escutem. 

As empresas que oferecem telefone VOIP estão melhorando e tomando conta do mercado. Os custos tem diminuído e as empresas novas estão oferecendo cada vez mais baratas as “linhas”. Alem disso, está cada vez mais fácil instalar e usar telefone VOIP. Assim como a qualidade está cada vez melhor.

Telefonia VOIP responde atualmente por 33,5% das linhas de telefone na America do Norte. Especialistas esperam que pelo fim do ano de 2015, essa tecnologia chegue a 68,2%. E eles dizem que isso se dá pela facilidade de uso dessa nova tecnologia.

Bell Canada tem 19% da receita oriunda das linhas das casas das pessoas. Eles vem perdendo porcentagem do mercado nesse setor há anos. Ninguém pretende continuar pagando 50 dolares por mês por uma linha de casa.

Especialistas acreditam que a mesma historia vai ocorrer também para os telefones celulares no que diz respeito à transferência de voz. Como crescemos somente pagando voz pelos celulares e hoje pagamos por voz e dados, acredita-se que iremos pagar somente por dados no futuro e que a voz será gratuita.

Assim, investir no longo prazo em companhias que tem grande parte do faturamento e lucro vindo da área de voz é uma péssima ideia. Os dividendos podem até ser atrativos, mas se trata de uma barca furada. Portanto, pra não correr o risco, fuja das Telecoms.

sexta-feira, setembro 16, 2011

A vida não é brincadeira


As vezes eu chego a pensar que o pessoal da esquerda, aquela mais porra-louca, achavam que o mundo era uma brincadeira. Que as leis vigentes não deveriam ser respeitadas e que tudo iria acabar num final feliz. Nem sempre foi assim.  

Um dos casos mais comentados da minha adolescência no Brasil foi o sequestro do dono do Pão de Açúcar, o empresário Abílio Diniz. Os sequestradores se diziam membros de um grupo de esquerda chamado MIR, do Chile, e sequestraram o empresário para arrecadar fundos para dar suporte a guerrilha de El Salvador).

Metade do grupo foi preso e a outra metade fugiu. O grupo, tão covarde quanto a maioria dessa turma, não assumiu o sequestro, deixando os membros presos serem julgados como crime comum, ao invés de crime político, como sonhavam. Porra, crime político é o cacete. O que Abílio Diniz tinha a ver com isso pra o caso ser julgado como crime político?

Então eu vou e sequestro um cidadão em busca de um lucro financeiro. Sou pego e digo, por favor, isso foi um crime político. Eu quero financiar minha campanha pra governador lá do Rio Grande do Norte? Vá tomar banho.

E eles não tomavam jeito, dentro do presídio em São Paulo, ficavam fazendo greve de fome pra tudo. Uma delas foi fazer greve de fome para que libertasse o Bandido da Luz Vermelha, uma vez que queriam manda-lo pra um manicómio. Massa. Soltaram o cara e o que ele fez? Acabou fazendo merda de novo, estuprou a mãe de um sujeito no Paraná e foi morto por ele com um tiro de doze. Meu Deus, só fazem besteira.

Quando perguntados sobre o sequestro, diziam candidamente que não houve nenhuma violência contra Abílio Diniz. Que ninguém tocou em um fio de cabelo dele. Ah, tá. Deixar uma pessoa presa, incomunicável, sem saber se iria morrer ou viver no segundo seguinte, isso não é violência?

E se achando especiais, diziam que a história de vida deles os diferenciava dos demais criminosos comuns, por isso deviam ser soltos. Diziam que o crime não era a forma de vida deles. E esse sequestro foi o que? Uma farra depois de uma bebedeira?

Para o azar deles, a esquizofrenia esquerda levou um baque durante o período que estavam no chilindró. A União Soviética havia morrido, os sandinistas haviam sido derrotados na Nicarágua, a democracia havia voltado ao Chile. Se fuderam. Até mesmo o MIR, que os colocou nessa barca furada, fechou as portas. Que situação, hein pai velho? Fazer essa merda toda e todos darem as costas?

Na época desse sequestro de Abílio Diniz, as esquerdas ainda não haviam tomado conta do Brasil e as coisas tinham um pouco mais de seriedade. Uma senhora da quadrilha foi presa e levada pra o prédio do DOPS. Não queria falar e usaram os métodos ortodoxos de conversa. Sem roupa, foi colocada num pau de arara. Depois de uns choques em algumas partes do corpo, relevou tudo. É assim que se lida com bandido e acaba com sequestros ou crimes semelhantes.

Pena que hoje em dia o grupo dos Direitos Humanos tomou conta de tudo e com sua filosofia, tem dado uma ajuda fundamental na disseminação da criminalidade no Brasil. Então vamos somar: PT, MST, Universal, Direitos Humanos… o Brasil não tá fudido não. Tá fudido e meio!!!

segunda-feira, setembro 12, 2011

Uma outra gang

Depois de pensar e repensar, numa eleição interna comigo mesmo, concluí que a frase mais idiota já proferida por alguém é: “O Brasil é o país do futuro”. Pera lá, vamos analisar. Quando alguém que é o país do futuro é porque nunca vai ser do presente, certo? Tipo assim, quem não presente, se conforma com o futuro. Certo? Só pode ser, porque se essa frase quer dizer que o Brasil será um país sério, correto, justo e forte, podem esquecer, porque isso nunca vai acontecer.

Alem da população inteira gostar de corrupção e nunca condenar o PT e Lula por seus roubos, pois não tem raiva e sim inveja, temos verdadeiras quadrilhas tomando conta de vário setores da sociedade. O PT é a maior quadrilha em atividade hoje em dia, mas temos também outra enorme chamada Movimento dos Sem Terra, que eu falei no post passado e também uma outra gigantesca, chamada Igreja Universal do Reino de Deus.

A Universal, entre outras coisas, deixa de lado o trabalho divino e se ocupa de eleger políticos. Os pastores levam o político para o altar das igrejas e pedem votos aos fiéis. Forçam os fiéis a votarem no sujeito, oferecendo rezas extras pra quem votar no elemento escolhido por eles pra representarem a máfia.

São donos de emissoras de TV, evidentemente pra divulgarem suas ideias e terem mais poder de eleger quem querem e aumentarem o poder de forma nefasta. Só com essas três gangs que são PT, MST e Universal, não tem política económica que dê jeito. E olhe que são aliadas, não se desentendem nem a pau. É muito roubo, menino!!! E ainda querem dizer que esse país tem futuro!!! É mesmo? Espere ai.

Economista e palestrante sem-terra

Desde a época em que eu morava no Brasil, nunca consegui engolir esse movimento chamado MST. Sempre olhei com suspeita as atividades deles, os modus operandis, e seus objetivos. Um dos maiores lideres dessa turma é um economista chamado Joao Pedro Stedile. Ai o cara pergunta, um economista? Sim, um economista.

E o que ele faz? Ministra palestras pelo Brasil afora. Chegou a fazer mais de uma por dia. Vai a universidades, sindicatos e reuniões de pequenos empresários. Oficialmente, não recebe nada pelas palestras. Se não recebe nada e está ocupado o dia inteiro, ele vive de que?

Na época de FHC, ele queria derrubar o modelo neoliberal, o que não era uma surpresa. Pedia desenvolvimento do país, o que segundo ele, não poderia acontecer sob o modelo neoliberal. Como todo canhoto, reclamava que o governo não dava atencao ao social.

Então sugeria que os sem-teto, ou seja, as pessoas que não possuem casas, deveriam ocupar os terrenos baldios. E pessoas que não tinham comida deveriam ocupar os supermercados e mesmo assim, alegava que todas essas acoes eram pacificas.

Pra tomar terra dos outros, alegava que era um socialista cristão, pois queria ao mesmo tempo apoio da Igreja e da esquerda brasileira. O cara é sabido demais. Mas, pra completar e ter o apoio geral da sociedade, ele deveria dizer que é viado e se pintar de negro, aí sim, meu amigo, o apoio seria total!!!! Vou me tornar um personal marketeiro!!!

sexta-feira, setembro 09, 2011

Eu sou muito matuto

Eu tenho um amigo cujo apelido é simplesmente “Matuto”. Pouca gente fora do Rio Grande do Norte e estados vizinhos sabe o que é um matuto. Na região sudeste acho que o matuto é conhecido como caipira. Na Bahia, estado que não é do nordeste e nem do sudeste e nem de nenhuma região, chamam o matuto de tabaréu.

Pois bem, pensando na matutice do meu amigo matuto, eu me peguei pensando que eu sou muito mais matuto do que ele e nunca recebi esse apelido. Eu me sinto um matuto de marca maior quando me deparo com um aparelho eletrônico. Acho fantástica a matemática por trás daquilo.

Quando era pequeno, já era matuto. Meu pai, que sempre foi intimamente ligado com as tecnologias de informação, me deu de presente um microcomputador chamado TK-85. Era preto, pequeno e com essas teclas de borracha, péssimas pra teclar. Você ligava-o à televisão, através daqueles dois ganchos, acoplados à entrada da antena e ele aparecia na televisão, apenas um cursor piscando.

Caso você quisesse fazer algo surpreendente, como uma linha cruzar a tela, teria que digitar umas 200 linhas numa programação chamada Basic. Ou então pegar um gravador, desses toca-fitas, e colocar uma fita pra tocar, própria do computador, e ligá-lo ao computador. Essa fita iria gerar algum jogo idiota, tipo aquele das duas barras com a bolinha, pra você ficar jogando de um lado pro outro.

Eu ficava impressionado. Olhava pros outros e eles todos achavam aquilo a coisa mais normal do mundo. Aí hoje existe o Xbox Kinect, que o cara parece que tá dentro do jogo. Aliás, o cara tá dentro do jogo. Fico mais impressionado ainda. Todos acham aquilo a coisa mais normal do mundo.

Da mesma forma que me sinto um matuto com o comportamento das pessoas de hoje em dia. Me sinto um matuto diante da impessoalidade das relações humanas. Me sinto um matuto quando percebo que as pessoas não prezam mais pela amizade, não se abrem com os amigos, não se deixam aquietar por um segundo.

Me sinto um matuto diante do desperdício de comida, diante desse consumo excessivo, dessa mania de usar uma coisa e jogar fora pois já está obsoleta no minuto seguinte. É pior do que a obsolescência programada. É a obsolescência desleixada. 

Me sinto um matuto porque tenho uma televisão que comprei em 2007 e ainda não comprei uma modelo 2011. E mesmo essa 2007 foi comprada após muito custo, pois a modelo 2004 que eu tinha ainda funcionava bem. Me deixei vencer. E por sinal, a 2004 ainda funciona e muito bem. Por falar nisso, até pouco tempo atrás eu tinha uma modelo 2000, pequena de 13 polegadas, que ainda funcionava muito bem. Aposto que funciona ainda, mas minha mulher deu de presente.

Na verdade, disse tudo isso pra dizer que eu odeio o homem moderno. Aquele que não se espanta mais com nada. Aquele que pra ele tudo tá “ok”. Aquele que usa gel no cabelo e sabe responder as perguntas das entrevistas de trabalho. Eles são todos os uns robôs programados que não sentem emoção em nada. Nem choram ao ouvir uma boa música.

Como disse Carlos Drummond de Andrade, isso não é civilização, isso é uma porcaria!!!

Ninguém age mais com a própria cabeça. É tudo baseado num pensamento pré-estabelecido de uma massa. Todo mundo é informado e ao mesmo tempo não sabe de nada. A superficialidade das conversas reflete a superficialidade das relações.

Que a terra nos seja leve!!!

quinta-feira, setembro 01, 2011

Quero ser Ministro da Justiça

Tenho um plano relativamente simples para resolver o problema do crime no Brasil. O primeiro passo, seria dividir os criminosos em três categorias. 1) Os criminosos violentos que praticam crimes hediondos comprovadíssimos; 2) Os criminosos violentos que são espertos e não deixam tantas provas pra trás e 3) Os elementos que praticam crimes não violentos.

Feita essa divisão, partiríamos para as penas de cada categoria. Vai ser uma situação de ganho para todos. Os indivíduos que caírem na categoria 1, seriam sumariamente jogados pra fora da convivência com os humanos. Vejam bem, o dinheiro que o governo tem é do contribuinte, certo? Então, o contribuinte iria alocar os recursos que possui, uma vez que esse gasto com esses assassinos não está dando retorno pra ninguém.

Suspenderíamos o pagamento de comida desses presos lotados na categoria 1 e com o dinheiro excedente que teríamos, construiríamos enormes viveiros pra criação de tubarão. Quando tivessem prontos, algumas semanas depois, jogaríamos os elementos da categoria 1 dentro do viveiro para que possam alimentar os tubarões.

Até agora vocês estão entendendo porque é uma situação de ganho pra todos, não é? Senão, vejamos. O contribuinte ganha, pois ao invés de ter uma despesa sem retorno ao bancar moradia, alimentação e agora também uma bolsa-preso pra esses indivíduos sem recuperação, estarão agora lucrando com a venda de carne de tubarão pra alguns países que a apreciam. O tubarão também ganha, pois recebe comida em quantidade abundante. E por fim, o assassino também ganha, pois como já vem passando fome esse tempo todo, quer mais é morrer mesmo.

A segunda categoria teria sim direito aos presídios, mas por merecimento, pois foram espertos de não deixarem muitas provas pra trás. Como eles são os fodões, de QI elevado, e cometeram crimes hediondos mas sem deixar provas contundentes, os contribuintes pagarão a conta do presídio pra eles. Nada mais justo. Acho que o esforço tem que ser recompensado de alguma forma.

Mas só no inicio, até que instalemos as maquinas de telefone e internet, pois como são tão sabidos, trabalharão pra gente como agentes de telemarketing, afinal, não vivem ligando dos presídios para as casas das pessoas simulando sequestro? Então, podemos usar essa especialização, alem da capacidade de persuasão deles. Como telemarketing tá dando bastante dinheiro, eles também iriam se pagar e ainda nos proporcionar um lucrozinho besta, afinal como possuem muito tempo disponível, atingiriam metas incríveis de vendas.

A terceira categoria, a dos que não cometeram crimes violentos, esses sim, não iriam ficar presos. Pra que? Se os bichos são inofensivos fisicamente? Os crimes são do tipo estelionato, roubo de galinha, descuido, e outros crimes menores. Essa categoria 3 iria trabalhar pelo menos 4 horas do dia em trabalhos pesados pro governo, ou seja, pra nós, os contribuintes e investidores. O resto das horas do dia, eles iriam continuar trabalhando normalmente pra poderem sustentar os filhos, uma vez que não queremos os filhos deles na nossa conta.

Realocariamos todos os tratores da prefeitura, estado e nação, afinal são caros pra manter e abastecer e o usaríamos os mesmos pra alugar pra iniciativa privada. Usaríamos esses larápios e vigaristas pra cavar, carregar pedras, e fazer todo o tipo de trabalho que as maquinas fariam nas construções de estradas, pontes, escolas e outras necessidades de uma localidade. Demoraria mais um pouco, mas teríamos a certeza do preço dos trabalhadores: zero!

Caso as obras terminassem e essa malta ficasse ociosa, ainda poderíamos alugar esses elementos também pra iniciativa privada, a um preço camarada de 50 reais a cabeça por turno de trabalho. Como eles não ganhariam nada, teríamos aí um lucro adicional. O negócio é não deixar a rapaziada parada.

E alem do que, economizaríamos em duas outras frentes. Diminuiríamos os crimes pois esses indivíduos contumazes no crime pequeno estariam ocupados agora carregando pedra. E por outro lado, estariam fazendo exercícios físicos ao carregar pedras, diminuindo assim a quantidade de gente nos hospitais. Os amigos médicos dizem que medicina preventiva é tudo.

Como eu disse, com uma visão empreendedora podemos resolver tudo. Lucro pra todos, e se mesmo assim, os crimes ainda insistissem em aumentar, a população se beneficiaria com o aumento de lucro/diminuição de despesa em todas as 3 categorias de criminosos. O primeiro agindo como comida de tubarão, o segundo como agentes de telemarketing e os terceiros como trabalhadores da construção civil.

Lógico que os políticos corruptos, Ministros do STJ e juízes que vendem sentença e policiais canalhas iriam entrar automaticamente na categoria 1. Garanto que não teríamos oposição alguma, de nenhum setor da sociedade quanto à aprovação dessa ultima frase.

Vamos nos unir e içar meu nome ao posto de Ministro da Justiça. Prometo divulgar um balanço mensal das atividades, para não correr o risco de acabar na barriga de algum tubarão!!!.

domingo, agosto 28, 2011

Manter a forma sem se deformar

Ninguém precisa sentir dor para se beneficiar dos exercícios físicos. Se você sente dor no dia seguinte, está fazendo algo errado. Só ganha saúde com esportes quem não sofre. O sujeito consegue melhorar a qualidade de vida e diminuir a incidência de doenças apenas mantendo uma atividade física regular, bem dosada e não atlética.

A pessoa que ganha mais em termos de saúde é aquela que gasta 2200 calorias por semana em atividades extras. O dia-a-dia normal consome cerca de 2000 calorias diárias de um adulto. Dividindo as 2200 que devem ser gastas em atividades físicas extras por 7 dias da semana, o sujeito precisa gastar apenas cerca de 300 calorias extras por dia, o que não é quase nada. Representa uma caminhada de 30 ou 40 minutos.

O que vale é o total geral da semana. A pessoa pode dividir a caminhada em 15 minutos de manhã e 15 minutos a tarde e o ganho será o mesmo. É fábula a historia de que se não for 30 minutos seguidos, o exercício não vale nada ou que é maléfico o sujeito ficar 2 dias parado.

Os melhores exercícios são caminhar, nadar e pedalar. Correr só é recomendável pra quem já tem um bom condicionamento. Mas o melhor esporte é o que dá prazer a pessoa, pois deixa de ser um sacrifício e passa a ser um hábito e quando deixam de fazer, sentem falta. No fim, tudo é uma questão de estilo de vida. Se o esporte está associado com ele, deu certo.

terça-feira, agosto 23, 2011

Verde da cor do dinheiro

Por todos os lados que ando hoje em dia, tenho o desprazer de encontrar os ambientalistas engajados. E não somente os que vivem disso, mas também os que não vivem dessa industria, mas que querem parecer bonito nas vistas dos interlocutores, tipo aquele cidadão que vai ao teatro e diz que gostou de uma determinada peça, sem nem ter entendido o que o autor quis dizer com ela.

No Brasil por exemplo, todos pensam que os maiores problemas ambientais que temos estão relacionados com a floresta Amazônica ou com devastações florestais em geral. Nada mais enganoso, o maior problema ambiental do Brasil é a poluição urbana. Mas quem fala disso? A situação mais grave está nas praias sujas, na falta de saneamento e na poluição do ar.

E isso acontece muito porque quem dita as preocupações da vez são instituições internacionais. E é interessante pra elas falarem de poluição urbana? Não, não atrai dinheiro. Mas colocou o nome Amazônia no meio, por exemplo, ai chove dinheiro dos doadores e patrocinadores.

Grande parte dos recursos que mantém as ONGs no Brasil vem do exterior e junto com o dinheiro, vem também o que devemos combater. Até os políticos ditos de esquerda, que são evidentemente ligados à questão do meio ambiente (pois os esquerdas só fazem o que é certo e como o que é certo é cuidar do Meio-Ambiente, eles estão no centro da chafurdo), só agem de acordo com a agenda deles.

Uma história é interessante e ilustrativa. No final dos anos 1990, o Ibama embargou a construção da BR-364, que ligaria o Acre à Bolívia. Acontece que segundo alguns, essa obra estava danificando o Meio-Ambiente. A bancada se rebelou e só quem deu apoio ao Ibama foi a senadora Marina da Silva, que na época ainda era dos quadros do PT.

Poucos dias depois, a Marina, tão celebrada, veio à público dizer que o Ibama estava mancomunado com políticos contrários ao desenvolvimento do Acre, por isso estava embargando a obra. Ora, ora, ora, logo a Marina, a defensora do meio ambiente? Ele preferiu fazer vista grossa com essa questão ambiental pois estava batendo de frente com a opinião dos acreanos e dando chucrute com a questão eleitoral e os votos dela estavam fugindo. Porque não fechar os olhos pra isso, hein, Marina? Afinal, é só uma estrada.

Em resumo, se uma causa despertar voto ou patrocínio, entramos nela. Caso contrário, pode-se acabar não só com o pulmão do mundo, mas também com os rins, o fígado, o coração e tudo o mais que estiver vivo. E dá-lhe mico-leão!!!