sábado, janeiro 30, 2010

Vinho branco

Quem criou o termo vinho branco provavelmente não enxergava muito bem. Se você olhar, você vai perceber que ele não é branco, é amarelado. Vinho branco é vinho sem a cor vermelha. Ou cor-de-rosa, que também é da família dos vermelho. Isso significa dizer que o Zinfandel branco, um vinho da cor-de-rosa, não é um vinho branco. Mas vinhos amarelos, dourados, e alguns que são claros como agua, todos são considerados vinhos brancos.

Os vinhos se tornam brancos de duas formas: primeiro, o vinho branco pode ser feito de uvas brancas, que também não são brancas. Elas são esverdeadas, amarelas esverdeadas, amarelas douradas, e até mesmo amarelas cor-de-rosa. Basicamente, uvas brancas inclui todo tipo d uva que não possuem cor vermelha escura ou azul escura. Se você faz vinho a partir das uvas brancas, então é um vinho branco.

A segunda maneira do vinho se tornar branco é um pouco mais complicada. O processo envolve usar uvas vermelhas, mas apenas o suco das uvas vermelhas e não a pele da uva. O suco da maioria das uvas vermelhas não possui pigmentação, apenas a pele.

Assim, o vinho feito apenas com o suco das uvas vermelhas pode ser um vinho branco. Na prática, poucos vinhos brancos vêm de uvas vermelhas. A única exceção é o champanhe.

Você pode beber o vinho branco a qualquer hora que quiser, inclusive beber sem comida acompanhando ou beber com comidas leves. Os vinhos brancos são considerados vinhos aperitivos, que podem ser consumidos antes do jantar, no lugar de cocktails ou em festas. Um vinho aperitivo é vinho que tem sabores adicionados a ele, como o Vermute tem.

Muitas pessoas gostam de beber vinhos brancos quando a temperatura está quente porque eles são mais refrescantes do que os vinhos tintos e os brancos são geralmente ingeridos frios. Serve-se os vinhos brancos frios, mas não gelados. Algumas pessoas tomam o vinho branco gelados, mas pra descobrir o verdadeiro sabor, tem que se tomar na temperatura ideal.

As minhas preferencias estão nos preços entre 10 e 13 dolares a garrafa. E eles são quatro.

1) O californiano Woodbridge Sauvignon Blanc, by Robert Mondavi. Oriundo do Napa Valley. CAD$ 12,95 - 750ml.

2) O sulafricano Two Oceans, tambem Sauvignon Blanc. CAD$ 9,75 - 750ml.

3) O australiano Yellow Tail, Pinot Grigio. CAD$ 11,45 - 750ml.

4) E outro australiano, o Lindemans, Bin 95, Sauvignon Blanc. CAD$ 10,95 - 750ml.

Esses quatro sempre terei em casa, pois apesar de serem bem baratos, caem bem no meu paladar de novato do mundo dos vinhos.

domingo, janeiro 24, 2010

Vinhos

Depois dos trinta anos de idade, descobri uma nova paixão: vinhos. Da última vez que fui vender as garrafas vazias que estavam na minha garagem, eu contei 85.

Perguntando, sempre recebi a indicação de que a melhor maneira de conhecer sobre vinhos era bebendo e fazendo com que o paladar fosse ficando treinado. Nesse sentido, 85 garrafas significa um bom começo, eu acho. Ou na pior das hipóteses, preciso procurar um escritório do AA.

Mas mesmo entre as pessoas que bebem e apreciam vinho há bastante tempo, poucas delas conhecem a fundo sobre o assunto. E nem precisa. Não me interessa saber como é feita a cerveja, outra paixão. Apenas bebo e Corona, a melhor do mundo. Assim, saber sobre vinho não é um requisito pra poder aprecia-lo. Mas, conhecer algumas especificidades dos vinhos pode tornar a sua busca nas compras um pouco mais fácil, aumentar a sua apreciação e o nível de conforto em torno deles.

O vinho nada mais é do que uva fermentada em sua forma liquida. A receita pra transformar a uva em vinho começa com pegar uma quantidade boa de uvas da sua plantação, colocar essas uvas num depósito limpo e que não vaze, espremer as uvas de algum jeito pra extrair o seu suco e esperar. Existem vinhos de outras frutas, mas 99% são de uvas.

Na sua forma mais básica, a arte de fabricar vinho é assim, simples. Depois que as uvas são espremidas, as leveduras (microrganismos que existem nas plantações e nas uvas) entram em contato com o açúcar do suco da uva e gradualmente convertem esse açúcar em álcool. As leveduras também produzem dióxido de carbono, que se evapora no ar.

Quando as leveduras acabam o seu trabalho, o antigo suco da uva se tornou vinho. O açúcar que estava no suco da uva não está mais lá. No seu lugar, chegou o amigo álcool. Dessa forma, quanto mais madura e doce a uva for, mais álcool o vinho terá. Esse processo é chamado de fermentação.

A fermentação é um processo natural que não precisa da ação do homem, exceto pra colocar as uvas no depósito e de tirar o suco das uvas. Louis Pasteur é o homem creditado de ter descoberto a fermentação no século 19.

Mas, se todas as vinícolas fizessem os vinhos dessa maneira rudimentar que foi descrito aqui, vinho não seria essa coisa delicada que é. Hoje em dia, cada vinícola tem seu pequeno truque e é por isso que nenhum vinho tem o gosto igual a outro.

Pode-se controlar o tipo de depósito usado no processo de fermentação e barris de carvalho e de aço inoxidável são os dois mais comuns. Pode-se controlar o tamanho do depósito e a temperatura do suco durante a fermentação. E cada uma desses três fatores pode trazer uma grande diferença no gosto do vinho.

Depois da fermentação, pode-se escolher quanto tempo pra deixar o vizinho amadurecer e em qual depósito. A fermentação pode durar três dias ou três meses e o vinho pode ficar amadurecendo por duas semanas ou dois anos.

Obviamente, um dos maiores fatores em diferenciar um vinho do outro é a sua matéria-prima: o suco da uva. Alem do fato de que uvas mais maduras e mais doces fazem um vinho com maior percentagem de álcool, diferenças nos tipos de uvas fazem diferentes vinhos. As uvas são os personagens principais dos vinhos e tudo o que o produtor de vinhos faz, ele faz pro tipo de uva que tiver.

As uvas não crescem no vácuo. O local que elas crescem, o solo, o clima de cada região de vinho, assim como os objetivos e a tradição de quem planta a uva e faz o vinho afeta a natureza da uva madura e o gosto do vinho feito a partir dessas uvas. É por isso que grande parte da informação sobre vinhos é relacionada em torno dos países e regiões onde o vinho é feito.