segunda-feira, dezembro 28, 2009

Fundos de pensão

O grande mestre Roberto Campos, ou Bob Fields, como a esquerda gostava de chama-lo, pra dizer que ele era um produto americano, nunca conseguiu entender as palavras deste grande pensador. Sempre acusavam-no de ser um dos responsáveis por ter transformado o Brasil num país capitalista. A resposta dele era sempre a mesma: o Brasil no máximo consegue ser um país pré-capitalista!

Ele tinha razão, pois o Brasil só conseguiu engatinhar a ser reconhecido como tal quando aceitou honrar seus compromissos sem dar calotes internacionais (moratórias, como dos anos 80), acabou com a inflação e fortaleceu a moeda. Como eu disse antes, coisas simples como uma vending machine podia operar no país, por exemplo.

Somente com a moeda estável também que as instituições financeiras puderam se profissionalizar e o dinheiro estrangeiro entrou no país. Nessa leva, os grandes fundos de pensão entraram em uma nova fase. Eles descobriram que em tempos de moeda estável não era fácil administrar fortunas enormes. Acostumados com os juros exorbitantes e a ciranda financeira, os fundos de pensão viram seus lucros diminuírem bastante.

Isso é um sinal de que Bob Fields estava certo. No capitalismo americano e canadense, por exemplo, os fundos de pensão e os administradores de fundos mútuos lidavam com essa estabilidade de moeda há bastante tempo, e tinham que pensar e se esforçar pra poderem colocar algum cacau no bolso. No Brasil não, investia o dinheiro na poupança e pegue lá os lucros maravilhosos.

No Brasil, os fundos mudaram suas filosofias e entraram de vez no capitalismo profissional buscando controlar mais os investimentos que tinham que fazer com as contribuições dos associados. O objetivo era conseguir o controle acionário de empresas ou colocar representantes nos conselhos de administração.

A Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, foi quem liderou essa revolução no Brasil. Já em Maio de 1996, possuía 23 integrantes em conselhos de administração de diversas empresas. O Previ possuía nesse mesmo período 15% das ações do Banco do Brasil e conseguiu colocar dois dos sete conselheiros do Banco do Brasil, na reunião de acionistas.

Pra definir a politica de crédito do banco e aprovação de novos diretores, o governo teria que contar com a ajuda da Previ, que naquele tempo possuía um património de 15 bilhões de reais, o que significava 4 vezes o valor do património do próprio Banco do Brasil.

Mas a Previ teve péssimos resultados de aplicações no ano de 1995, o que acelerou uma tendência que estava sendo posta em prática desde 1993, que era como foi dito, a profissionalização dos fundos de pensão. Alem das bolsas de valores terem tido um desempenho fraco em 1995 e os preços dos imóveis terem despencado, o perfil dos fundos passou de arrecadador pra pagador, uma vez que os membros estavam começando a se aposentar.

Na lógica dos fundos de pensão, o dinheiro que entra hoje será a aposentadoria de amanha e por isso precisam crescer. Simples. Mas a rentabilidade média do setor que chegou à 57% em 1994, despencou pra menos de 1% em 1995, mesmo que a legislação dos fundos preveja uma rentabilidade mínima de 6% ao ano. Alguns fundos mais problemáticos tiveram inclusive que enfrentar perdas, como foi o caso da Petros (fundo dos funcionários da Petrobrás), que registrou uma perda de 800 milhões de reais em 1995. A Valia (fundo dos funcionários da Vale do Rio Doce) perdeu 183 milhões e a Refer (fundo dos funcionários da Rede Ferroviária Federal) perdeu 930 milhões e passou a atuar sob intervenção.

Pra sanear essas contas, só existe duas formas. A primeira é aumentar as contribuições e a segunda é escolher melhor os negócios onde investir. A Funcef, que era o segundo maior fundo de pensão do Brasil na época, que tinha patrimônio de 5,3 bilhões de reais, foi um dos poucos que não amargou prejuízo, pois tinha administração mais conservadora e só colocava 20% dos fundos aplicados em ações.

Hoje em dia, o Previ tem 135 bilhões de reais guardados nos seus cofres. Ela investe 60% em renda variável, 35% em renda fixa, 2,5% em imóveis e 2,5% emprestando dinheiro e financiamentos. O Funcef tem cerca de 35 bilhões de reais, 60% investidos em renda fixa, 30% em renda variável, 7,5% em imóveis e o resto em operações com outros participantes. Nota-se ai a diferença de administração, sendo a Funcef bem mais conservadora.

domingo, dezembro 06, 2009

Flamengo: Hexa Campeão Brasileiro 2009!!!!

Ah, como é bom ser Flamengo. Após dezessete anos, estamos aqui de novo no topo do brasileiro. A última vez eu vi junto aos meus amigos Ranyere e Quinino, dentro de uma barraca de cerveja, na vaquejada de Currais Novos. Naquele dia, o do PENTA, a vítima foi o Botafogo de Renato Gaúcho.

Hoje, no dia do HEXA, a vitoria foi de ANDRADE, esse mestre da humildade, que baseado nas palavras de gente do quilate de Zico, SABE TUDO DE FUTEBOL. Andrade, que passou 5 anos esperando a sua chance e que foi assistente técnico de 11 treinadores, soube esperar. A sua mulher não soube. Ficava indignada com o fato de no final do treino, Andrade, penta campeão, brasileiro, sendo quatro pelo Flamengo e uma pelo Vasco, ter que juntar as bolas e colocar nos sacos pra guardar e levar pro vestiário. E agora ele é hexa.

Mas Andrade dizia pra ela, minha nega, isso é normal. Mas ela ficava chateada, pois achava que ele merecia um reconhecimento maior por tudo o que ele já tinha feito pelo Flamengo. Até que no final de Julho desse ano, o técnico Cuca foi demitido e a diretoria, na falta de um nome, colocou Andrade como interino. Na sua estreia como interino, no dia 26 de Julho, o Flamengo vence o Santos com um gol de Adriano, o Imperador. Uma bomba lá de fora da área.

Andrade, chorando, dedicou essa vitoria ao ex-goleiro Zé Carlos do Flamengo, que havia falecido por problemas de saúde. O grande Zé Carlos. Já no dia 30, o Flamengo vence o Atlético Mineiro. A massa inteira nas arquibancadas gritava, numa só voz: FICA ANDRADE!!! No começo de Agosto, atendendo aos pedidos da nação rubro negra, Andrade é efetivado técnico do Mengão. Andrade que formou o famoso meio de campo com Adílio e Zico. Só foi expulso duas vezes em 20 anos de carreira.

Eu já havia dito a gregos e baianos. Se o Flamengo vencer o Atlético Mineiro lá no Mineirão, nós seremos campeões. Dito e feito.

O grande Andrade, quando acabou o jogo final, correu pro vestiário pra comemorar ao seu estilo, tímido, depois de levar um banho de gelo dos jogadores reservas. Bruno ficou na trave chorando, longe do cangerê que estava acontecendo. Léo Moura chorava, Juan Chorava, Adriano chorava. Ibson apareceu pra falar com os ex-companheiros e comemorar junto.

Adriano, o imperador e artilheiro do brasileirão, afirmou que Andrade foi fundamental pra conquista desse título. Com a saída de Kleber Leite e a efetivação de Marcos Braz, foi que Andrade foi contratado. E não teve apoio de quase ninguém, somente do presidente Márcio braga, o tão odiado Márcio braga.

Andrade conseguiu levantar a moral do grupo. Juntou-a a Léo Moura, Bruno e Adriano, os líderes do grupo e com eles, mudou a cara do time. Após a vitoria do hexa, Zico, lá da Grécia por telefone, disse que a permanência de Andrade no comando da equipe foi fundamental pra conquista do titulo.

Outro nome do jogo foi aquele cearencesinho de cabeça chata, zagueiro de profissao, que hoje deum uma de centroavante e foi responsavel pelo gol do titulo: Ronaldo Angelim. VIVA O MENGÃO, VIVA O HEXA. Que venha o hepta!!!

sábado, dezembro 05, 2009

Meu velho

Hoje, dia 5 de Dezembro de 2009, meu pai estaria completando 61 anos caso estivesse ainda vivo. Ele se foi no final de Abril desse ano e dessa forma, esse é o primeiro aniversário dele que ele não está mais entre nós. A última vez que eu o vi ainda com vida foi em Janeiro de 2004. Esse é o outro lado de moeda de se morar fora. Na foto acima, eu, minha mãe e meu pai, na minha Primeira Comunhão, no Colégio Nossa Senhora das Neves, em 1984. Clique na foto que ela aumenta.

Não tenho arrependimentos quanto a isso. Todas as vezes que eu falava da distância, ele me dizia que eu não fizesse a asneira de voltar pro Brasil jamais, pois a bagunça estava generalizada. Ele tinha um verdadeiro pavor de Lula e sua corja. Segundo o próprio, mais conforto eu trazia pra ele estando aqui, dando uma vida decente pras minhas filhas, do que se estivesse por lá, no corre-corre pra tentar escapar.

Nós também não nos falávamos semanalmente ao telefone, mas quando nos falávamos, chegávamos às vezes há quatro horas de conversa. Estava olhando pra algumas contas de telefones antigas e pude constatar essa informação.

Por causa dessa distância, as pessoas que me conhecem hoje possuem a impressão que meu pai foi um pai distante e ausente. Totalmente infundado. Meu pai sempre foi um cara totalmente devotado aos filhos e nunca tive um problema em que ele não estivesse à minha inteira disposição. Sempre compreensível, sempre pronto a escutar o que eu tinha a dizer, meus argumentos. As vezes aceitava, mesmo sem concordar, numa demonstração de humildade e vontade de que eu aprendesse pelas minhas próprias quebradas de cara.

Meu pai adorava sentar-se junto aos meus amigos quando estes iam beber lá em casa. Lá ele escutava histórias, ria e se divertia à Beça. Contava algumas de suas histórias, sempre fazendo comparações entre os tempos, as meninas, as festas, os amassos.

Dos meus amigos do Neves, lembro-me bem de Ranyere, Tapuru e Alberto sempre conversando com ele. Da ETFRN, Alexandre. Da Combate Real, o saudoso Geraldo Segundo e Cristiano Couceiro. Depois que eu vim pro Canadá, do Queima, Kiko ficou bem amigo dele, Bruno encontrava-o de vez em quando em Pedro, assim como Tatá e logo em seguida, nos seus últimos anos de vida, Frederico ficou bem proximo.

Meu pai possuía uma elegância que só posso ligar aos genes, pois toda a sua família é elegante. São pessoas que nasceram pobres e conseguiram crescer na vida, mas carregam uma educacao e uma elegância impares. Poucas as vezes vi meu pai levantar a voz.

Uma vez apenas que lembro de tê-lo visto chorando. Grande parte da família da minha mãe é de Patu. E se não me engano, nessa época, minha tia Iolanda, irmã da minha mãe, estava namorando com Epitacinho, filho do nosso tio Epitácio Andrade, casado com nossa tia, Lourdinha Holanda, e que na época era prefeito de Patu. Não sei que tipo de arranjos se fizeram, pois eu devia ter uns 8 anos de idade e não tinha ideia, mas eu tive que acompanha-la na viagem.

Naquela época, a viagem de onibus de Natal a Patu durava quase 24 horas, com a gente saindo de manhã e chegando lá de madrugada. Meu pai devia estar com algum pressentimento, pois não queria de jeito nenhum que eu fosse. A família ficou convencendo-o, minha mãe brigando e no fim, ele permitiu que eu fosse. E foi até a rodoviária me deixar. Quando eu ia entrando no onibus, e ele chorava, chorava, como se eu não fosse mais voltar. Sentei na janela e fiquei olhando o onibus dando ré e indo embora e ele chorando copiosamente. Aquilo me abalou bastante, nunca tinha o visto chorando e nunca mais vi novamente.

Em um dos nossos últimos telefonemas, ele ainda não estava doente, eu tive a oportunidade de dizer a ele, que sorte meu Deus a minha, que tinha muito orgulho dele. Que mesmo ele não estar gozando de fartura financeira no final de vida, que pelo menos eu nunca havia encontrado ninguém nessa vida pra dizer que papai era desonesto, safado ou filho da puta. E ele rebateu dizendo que se orgulhava muito de mim, pois mesmo com toda a minha brutalidade (palavras dele), eu tinha amigos fieis e que gostavam muito de mim e, quem tem amigos assim, significa que tem grandeza. Me disse que encontrava com pessoas na rua que perguntavam se ele era o pai de Fabiano e ele não tinha a mínima ideia de quem se tratava. Ai o cara dizia que já tinha ido lá em casa, e que gostava muito de mim e isso enchia a alma dele.

Quando descobrimos que seu estado de saúde estava piorando, resolvemos ir ao Brasil. Mas eu ligava pra ele e ele mentia, dizendo que tudo estava bem, que estava melhorando. Marcamos de ir, minha irmã no dia 02 de Maio, meu irmão no dia 11 e eu no dia 12. Ele não esperou nem a minha irmã chegar lá. Acho que não queria que os filhos o vissem naquela debilidade.

Meu pai, fica com Deus, meu querido. Se você tiver certo e de fato existir um plano superior, pode ter certeza que a gente vai se encontrar. Por enquanto, vá tomando umas cervejas geladas com vovô Juvenal e mande ele contar umas poesias e charadas pra Segundinho, que ele vai gostar e dar uma gargalhada daquelas.

Um beijo bem grande e pode ter certeza que tentarei ao máximo passar os ensinamentos que você me ensinou pras suas netas. E evidentemente, estou tomando uma em sua homenagem.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Construção - Fase 1 - Framing

Um das melhores coisas que fiz nos últimos tempos foi me atrever a construir um quarto no porão da minha casa. Com as próprias mãos. Sem contratar ninguém. Por vezes o trabalho fica difícil e cansativo, aí a dica é parar, pensar e continuar no outro dia. Como primeiro projeto, muitos erros foram cometidos, o que evitará bastante perda de tempo quando for começar o segundo projeto do porão, que será o quarto das fornalhas e a laundry room.

O primeiro passo antes de tudo é organizar suas ideias acerca do projeto. O tamanho, o layout e observar os possíveis obstáculos que se terá pela frente. No meu caso, o principal obstáculo eram as tubulações do ar condicionado central/aquecimento que ficam no porão. Eu teria que fazer uma armação para cobri-las e por consequência, iria perder considerável altura do teto.

Foto 1: Como o construtor entrega a parede do basement, com isolamente térmico da metade pra cima e no concreto da metade pra baixo. Na primeira foto do post é o retrato de um ramset, gun que vocês irão ler sobre ela daqui a pouco.

O frame (quadro) é todo feito de madeira, afinal o drywall precisa ser preso na madeira. Algumas pessoas usam essa armação de metal, mas eu preferi seguir o caminho mais tradicional e usar madeira. A vantagem de metal é que ele não se expande e contrai com a mudança de temperatura e não é alvo de cupim. Também, não precisa ficar escolhendo as ripas de madeira pra ver se elas estão empenadas ou não.

Porem, escolhi a madeira. Usei os famosos 2 x 4, que são pedaços de madeira de 1 polegada e meia de espessura por 3 polegadas e meia de largura e que geralmente são vendidos com 8 pés de comprimento. A expressão two by four é usada pra simplificar essas medidas (2 = 1,5 e 4 = 3,5).

Uma gozação corrente é mandar novatos na construção procurar 2 x 4 com uma fita métrica na mão e eles nunca acham, pois todas as madeiras são 1,5 por 3,5. Foram necessárias 50 ripas.

A parte do frame é importante pois um frame em esquadro e certinho, facilita bastante o trabalho do drywall e assim por diante. Pra começar, temos que colocar os two by four deitados no chão, fazendo o layout do quarto, assim como seguindo ao lado da parede ao redor de todo o quarto, deixando o espaço da porta. Adicionei o local pro armário embutido.

Foto 2: Observe as madeiras no chão, no teto e as que ficam em pé.

Como o chão do porão é de concreto e a minha casa já tem 7 anos de construída, não é fácil perfurar o concreto pra poder aparafusar a madeira no chão. Segundo a literatura, o concreto vai ficando cada vez mais duro com o passar dos anos.

Assim, os parafusos enormes que comprei foram inutilizados e tive que recorrer à ajuda de uma ram-set gun, que nada mais é do que um cano de uma espingarda que fica com um prego numa ponta, uma bala de 22 na agulha e o gatilho é acionado por uma pancada de martelo. É um tiro de fato, que empurra o prego concreto adentro, prendendo a madeira ao chão.

Feito isso por todo o seu layout, começa-se então a criar a armação, com os two by four perpendiculares à madeira do chão e à madeira que ficará no teto. Aconselho a medir corretamente e pregar logo os two by four na madeira que ficará no teto antes de colocar no lugar. Aí depois é só levantar e bater os pregos na parte na madeira que está no chão. Esse conselho é pratico pois bater os pregos enviesados pra cima é bastante chato.

Como o quarto tem 4 paredes, duas ficam perpendiculares às vigas da casa e duas ficam paralelas. Evidentemente, perpendicular é bem mais fácil pois encontra-se madeira pra pregar o seu frame em qualquer lugar. Paralelas é mais complicado, pois você tem que adicionar madeira em quase toda junta. Você as vezes pode querer mudar um pouco a localização da parede pra se adequar à viga do teto, mas tome cuidado pra não bagunçar tudo em nome da preguiça de pregar umas madeiras extras. Cada madeira que fica em pé tem que ficar a uma distância de 16 polegadas uma da outra, que vem a ser o padrão canadense.

Foto 3: A parte do armário e a abertura da porta. Observe que a parede direita já foi feita pelo construtor, que vem a ser um das paredes de sustentação da casa. Eu tive que fazer as outras três paredes pra sustentar o drywall. A parede do fundo ainda falta fazer na foto.

Pra essa parte do trabalho, você precisa de fita métrica, de uma ramset gun, de pregos pra ramset, de cartuchos de 22, de linha de giz, martelo, pregos spike de 3 polegadas e meia (16d), nível, esquadro e uma serra circular.

Fita métrica você precisa pra a cada minuto, pois tudo tem que ser medido milimetricamente. A ramset gun, seus pregos e cartuchos, como já disse, é pra assentar a madeira do chão no concreto. A linha de giz é pra marcar linhas pra futuro corte. Pregos spike de 3 e meia polegadas são necessários pra junção de dois 2 x 4, uma vez que 1,5 polegadas é o primeiro 2 x 4 e então ele entra mais 2 polegadas dentro do madeira a ser juntada. Nível é necessário pra manter tudo em esquadro e correto e uma serra pra poder fazer os cortes na madeira. Também usei um esquadro quando estava montando o frame, facilita bastante e acelera o trabalho de juntar as madeiras e de cortar.

Tenha sempre a certeza de que as madeiras que ficarão em pé estão sempre alinhadas com a de cima e a de baixo, senão isso afetará na colocação do drywall, causando uma baixa ou uma barriga.

Os custos pra esse parte 1, que foi o framing, se não tiver as ferramentas, seriam de:

Fita métrica – marca Husky, 7,6m/25 polegadas custa $12,47. A ramset gun custa $32,99, uma caixa com 100 pregos de 2 polegadas e meia custa $15,99 e os cartuchos de 22 custam $10,99, a caixa também com 100 unidades. A gun, os pregos e os cartuchos são todos da marca Ramset.

As ripas de madeira pro frame foram da marca Tembec, e custaram $2,37 cada uma, totalizando $118,50. Uma caixa de prego spike 16d com 180 pregos custa $12,69, da marca Tree Island. Um martelo de framing da marca Stanley de 28 onças custa $49,99. A linha de giz custa $9,99 da marca Irwin e um nível de laser no formato mouse de computador custa $19,99, da marca Johnson.

Uma serra circular da marca Skil, de motor de 2.3 HP custa $59,99, com serra de 18,4 centimetros de diâmetro ou 7 polegadas e ¼. E o esquadro de carpinteiro de 8 polegadas por 12 custa $7,79, da marca Johnson. O total pra essa primeira parte do projeto seria de $351.38 + 13% de impostos, ficaria $397.05.

Porem, eu já tinha o martelo e a fita métrica, então subtrai-se e fica-se com a conta de $288.62 + 13% de impostos, que é igual a $326.14.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Manulife

Eu tenho dois bebês quando se tratam de ações. Um se chama Royal Bank of Canada e o outro chama-se Manulife Corporation. Um é o maior banco do Canadá e a outra a maior empresa de seguros canadense. São essas duas empresas que eu acompanho todos os dias, afinal de contas, é do meu profundo interesse saber o que acontece com elas.

Sem muitas novidades no Royal Bank, a novidade dessas últimas semanas nos jornais foi a Manulife. Com a intenção de arrecadar 2,5 bilhões de dólares, colocaram mais ações no mercado, diluindo o preço de cada ação. A empresa alega que está se posicionando pro longo prazo.

A empresa acredita que mesmo abaixando o valor de cada ação, que caiu da casa dos 22 dólares pra casa dos 18 dólares, eles estão pegando dinheiro suficiente pra se protegerem contra cenários económicos mais negativos e se posicionando a tirarem vantagem de aquisições atrativas e assim como, terem maiores oportunidades de crescimento.

Esses dois bilhões e meio de dólares foram vendidos a um grupo liderado por duas empresas: Scotia Capital e Royal Bank of Canada Dominion Securities. Eles compraram a ação à 19 dólares, quando ela valia 22 no mercado.

Os investidores não reagiram bem a operação realizada pela Manulife. Tudo isso porque a ação da empresa já vinha recebendo pressão do mercado por muitos meses consecutivos depois de cortar os seus dividendos pela metade no começo de 2009.

A notícia não agradou ao grande Stephen Jarilowsky, presidente da Jarilowsky Fraser Ltd., um dos maiores acionistas da Manulife. Jarilowsky é considerado o Warren Buffet canadense. Começou do nada e hoje tem uma das maiores fortunas do setor financeiro. Ele disse que ficou terrivelmente desapontado, pois segundo ele, se a empresa cortou os dividendos pela metade, deveria ter dinheiro em caixa pra se defender e a ultima coisa que eles deveriam querer era mais diluição do valor da ação ao emitir mais ações. A Manulife atualmente tem 1,61 bilhões de ações no mercado.

Isso me deixa um pouco preocupado, mas ao mesmo tempo, acho que a hora é boa pra comprar ações da Manulife. Jarilowsky sabe muito bem disso e ele mesmo deve estar comprando mais. Eu tive a oportunidade de assistir uma aula dele na HEC Montreal, onde fiz meu curso de mestrado. Ele foi professor convidado pra nossa turma de “Liderança de Analises de Caso”, da professora titular Francine Harel Giasson. O valor da ação da Manulife ontem, primeiro de Dezembro foi de $18,70.