segunda-feira, julho 05, 2010

Fatos para serem lembrados 5: A visita do Papa à Cuba

A chegada de João Paulo II à Cuba no final dos anos 90 foi envolta na mística de ser um desses momentos históricos. A Igreja sofria e ainda sofre restrições em Cuba, que um dia, antes do golpe de poder do Satanás barbudo, já foi um país católico. Mas quando por lá o Papa aportou, contava com um número insignificante de seguidores da palavra de Roma.

Quando o papa chegou no curral cubano, o carniceiro de Havana já estava com 71 anos, só a bosta. Hoje a praga já está com 83 anos e ainda está por aí, dando suas opiniões e pitacos pros outros presidentes cretinos, tipo Lula, Chavez, Moralez e Correa. O Papa foi à Cuba tentar fazer um projeto de transição política do regime totalitário da ilha. Tentou fazer como fez anos antes na Europa Ocidental e procurou um diálogo diplomático e negociador em Cuba com o objetivo de evitar o derramamento de sangue e até mesmo uma guerra civil no período após a morte de Castro. O único problema foi que o Papa morreu antes do coisa ruim.

Castro, por sua vez, agindo de forma realista, viu na Igreja Católica uma opção estratégica de que podia se valer pra preservar o seu próprio nome na história. O esforço das duas partes foi comum. Durante a visita do Papa, Fidel decretou feriados, convocou a massa e providenciou transporte gratuito para que a população comparecesse às cerimônias religiosas. Tenho curiosidade de saber o tamanho do problema que um sujeito teria caso se recusasse a ir. Iria rezar um Pai-nosso antes de receber um bala na cabeça. Mas que rezava, ah ele rezava.

As vantagens dessa visita do Papa pro regime castrista foram logo exibidas. A ultima vez que o mundo havia olhado pra Cuba com tanto interesse foi quando da ocasião da crise dos mísseis soviéticos na ilha, na época do governo Kennedy. Fidel, lógico, capitalizou a oportunidade pra dizer que o mundo lá fora é todo uma merda e que Cuba é uma beleza, que trata-se de um paraíso social incomparável.

Os exilados cubanos de Miami é que não gostaram dessa visita, pois o Papa indo por lá, estava como que dando legitimidade ao governo totalitário castrista. Mas o Papa não queria perder seu tempo tentando convencer Fidel a virar um democrata cristão, pois o homem além de ter um ditador, ainda tem parte com o demo. Um Hitler das Américas.

O Papa caiu na conversa mole de Fidel, que alegava que a pobreza de Cuba se devia ao embargo econômico dos Estados Unidos. Pura balela. Cuba só está na merda porque segue com o sistema socialista e antes só não era tão ruim pois recebia uma pesada mesada da União Soviética. Como hoje não recebe mais a esmola, vive ruim e quer culpar os Estados Unidos e o embargo.

Ora, o dia de Natal só virou feriado em Cuba um ano antes da chegada do Papa. Das 212 escolas católicas existente em Cuba antes de Fidel, todas foram fechadas. É nesse inferno que o Papa pretendia se fazer ouvir? Como eu disse, antes de Fidel, o Papa foi ter com o chefe lá em cima e o filho do Cão continua vivo e pouca coisa se mudou. A intenção do Papa foi boa, mas como dizem por ai, de boas intenções, Cuba está cheia.

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