domingo, junho 06, 2010

Fatos para serem lembrados 4: A morte da princesa Diana

Morria aos 36 anos de idade, em um acidente de carro, a princesa Diana. Conhecida como A Princesa do Povo, a sua morte causou comoção no mundo inteiro. O seu ex-marido, o Principe Charles que foi buscar o corpo dela num quarto de hospital de Paris, onde o acidente ocorreu.

A Mercedes-benz S280 que ela vinha se espatifou a quase 200 kilometros por hora num pilar de um túnel paralelo ao rio Sena. Morreram também o namorado dela, o milionário egípcio Dodi Al Fayed e o motorista. Os paparazzi foram acusados de provocar a velocidade do carro, pra poderem fugir dos seus flashes. Disseram ainda que não prestaram socorro aos acidentados, e em vez disso, ficaram tirando fotos. Nos muros de Paris, os muros estavam escritos: “Paparazzis assassinos!”

Também foi incluído na lista de culpados o hotel Ritz-Carlton, do pai de Dodi Al Fayed, onde eles estavam hospedados. Isso se deu porque o carro estava sendo guiado pelo segundo homem da segurança do hotel, Henri Paul. Esse homem que vinha dirigindo o carro, e que morreu na hora, havia ingerido o equivalente a sete doses de whisky. O esquema de segurança adotado pelo próprio Dody Al Fayed falhou. Segundo contam os especialistas, um motorista só acelera acima dos 100 km/h se o patrão expressamente mandar e alem do que, se o patrão percebe que o sujeito está alcoolizado, como permitir que ele dirija?

Dodi e Diana iriam jantar no restaurante Benoit, mas em vez disso, comem na suite presidencial do próprio hotel. Então decidem passar a noite na casa de Dodi, em vez de ficarem no hotel. Três carros esperavam pelo casal: uma Mercedes S600, um Land Rover e a S280, que eles acabaram indo nela. O outro Mercedes e o Land Rover serviram como despiste. A S280 era alugada e não possuía airbags nas portas e nem o sistema eletrônico de estabilidade, ETS, que é uma espécie de computador de bordo que corrige a trajetória do carro quando o motorista entra muito veloz nas curvas.

Como tentavam despistar os paparazzi, o motorista que normalmente dirigia o casal saiu dirigindo um dos carros vazios. Então Diana e Dodi ficaram pra ir com Henri Paul, de 41 anos, solteiro, piloto diplomado pela Mercedes-Benz num curso de direção defensiva e de transporte de executivos. Ele trabalhava pros Fayed fazia 10 anos. Henri Paul já estava de folga e desceu parte da garrafa de whisky, quando foi chamado de volta à se apresentar ao trabalho. Ele tinha 1,87 grama de álcool por litro de sangue, quatro vezes o que era permitido pela lei francesa.

Um segurança sobreviveu ao acidente, e parece que era somente ele quem vinha usando o cinto de segurança. Como os airbags foram acionados no primeiro choque lateral com a parede do túnel, quando o Mercedes bateu de frente no pilar, não havia mais proteção alguma para os passageiros. Henri Paul havia entrado a mais de 180 kilometros por hora no túnel L’Alma.

Uma rede de televisão francesa pediu ao ex-piloto de fórmula 1 Jean Pierre Beltoise, que corria na época de Emerson Fitipaldi, pra refazer o trajeto e Beltoise disse: só um piloto profissional, com carro de competição e conhecendo a pista, poderia sair ileso do túnel de L'Alma a mais de 180 kilometros por hora.

O primeiro socorro foi feito por um médico que passava por acaso no túnel. Ela ainda estava viva, mas gesticulava caoticamente e balbuciava coisas sem sentido, segundo ele contou depois. Ele não sabia que aquela moça era a Princesa Diana. Então aplicou uma mascara de oxigênio e corrigiu a posição do pescoço, que estava caído sobre o ombro direito, dificultando a respiração. Os bombeiros quando chegaram, levaram uma hora e quinze minutos pra cortar as ferragens e liberar a princesa, que ficou com a perna esquerda presa sob os destroços do banco e do painel do carro, que foram parar no banco de trás.

Enquanto os bombeiros trabalhavam, os médicos deram sedativos e aplicaram massagens cardíacas, pois o pulso dela sumiu duas vezes. Quando ela chegou no hospital, o pulmão esquerdo se encheu de líquido e a cavidade torácica ficou encharcada de sangue em razão do rompimento da veia pulmonar esquerda. A situação era muito grave. Sem sangue pra alimentar o músculo cardíaco, o coração de Diana estava morrendo, exatamente como acontece num ataque cardíaco, quando as coronárias entopem.

O coração parou e não reagia a impulsos elétricos ou drogas de revitalização injetáveis. O peito dela foi aberto num procedimento de urgência e a intervenção estancou a hemorragia da veia pulmonar, o que permitiu ao cirurgião massagear o coração da princesa com as próprias mãos, mas foi inútil. O ventrículo esquerdo estava muito danificado e ela faleceu pouco tempo antes do dia raiar.

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